terça-feira, 3 de novembro de 2015

Prova de fogo.

Sim, eu sei que eu sumi mais uma vez. Acontece que finalmente a reforma da casa parece estar acabando, então já foi possível começar a arrumar as coisas e isso me tomou vários dias de trabalho pesado.
Organizei meus livros (sim, eles voltaram para mim!) e agora estou feliz e já vou poder postar as resenhas que estavam atrasadas porque eu não estava com os livros aqui para poder pegar os quotes!

Resenha SEM spoilers do livro anterior.




Depois do desafio de sobrevivência vivido na Clareira, Thomas e seus amigos esperam por um pouco de paz e respostas.
Como já era de se esperar, nada disso está próximo de se tornar realidade na vida deles.
Novamente Thomas, Minho, Newt e os demais Clareanos se encontram em perigo, desta vez em um cenário novo: um deserto.
Traições, perigos, surpresas e algumas mortes fazem parte desta nova aventura e busca pela sobrevivência.


Permitir-se ter esperança era algo que jurara nunca mais repetir. Pelo menos enquanto aquilo não tivesse acabado. (Pág 96).


Depois de ler Correr ou morrer, fiquei muito curiosa em saber quais rumos a história de Thomas, Minho, Newt e companhia iria tomar, pois o final do primeiro livro é uma coisa totalmente absurda e que te deixa em estado de pânico! Mas então eu iniciei a leitura do segundo volume e apesar de ter gostado bastante do livro como um todo, achei-o fraco e repetitivo, além de quase sem história. O ritmo é bom, as cenas são ótimas, os personagens continuam caricatos e inteligentes (exceto Teresa, que consegue ser mais chata a cada página) e você quer sim continuar e chegar logo ao final, no entanto é só isso que ele te oferece: uma aventura com bons personagens.

É hora de as coisas ficarem realmente difíceis. (Pág 66).

Na verdade, excetuando uma ou outra informação, neste livro os personagens se encontram basicamente nas mesmas condições do anterior: vigiados, testados, em perigo e tentando encontrar uma saída. Ou seja, pouca mudança no enredo e se a sua intenção é encontrar, neste volume, algumas respostas, sinto em dizer que isso não vai acontecer. O autor te leva em um espiral de acontecimentos malucos e inexplicáveis durante boa parte das páginas e ao final de apresenta um desfecho que na verdade não finaliza nada e ainda te deixa com um ponto de interrogação no rosto. Não existem respostas e ainda fiquei com a impressão de que o autor vai colocar tudo a perder no próximo livro. Espero estar errada.

[...] com todos aqueles corpos desaparecidos e os muros de tijolos, diria que isto aqui está mais para um Labirinto. Estranho e impossível de explicar. Nosso maior e mais recente mistério. (Pág 53).

Pode parecer contraditório, mas já disse no primeiro parágrafo da resenha e vou repetir aqui: gostei do livro como um todo. É interessante e cheio de reviravoltas, as cenas são bem descritas, a narrativa continua sucinta e divertida e os personagens estão cada vez mais apaixonantes. Até mesmo aqueles que estão chegando na bagunça agora são interessantes e parecem dispostos a acrescentar. Claro que continuo achando o Thomas um protagonista meio idiota e até apático e sem reação; é óbvio que Minho continua sendo meu personagem favorito, liderando o grupo e roubando toda a cena e também é visível que estou gostando cada vez menos de Teresa. E sofri um pouco com as mortes que aconteceram.

O caos ao redor parecia ter sugado toda a sua humanidade, transformando-o em um animal. Tudo o que desejava era sobreviver, chegar ao prédio, entrar. Viver. Ganhar mais um dia. (Pág 156).

Diante deste enredo fraco e um final não finalizado, você tem duas opções para reação: ficar com mais perguntas na cabeça e desesperado para saber as respostas ou então ficar muito, muito irritado. Adivinhem o que aconteceu comigo? Sim. Fiquei irritada. Isso porque me senti enganada pelo autor por ele ter, basicamente, repetido a história do primeiro livro em um cenário diferente, sem contar que o final aqui não foi bombástico como o outro, apenas chato. Portanto não acho que este volume foi superior ao primeiro. Correr ou morrer é melhor e é pensando nele que eu me interesso em ler os demais livros da série e espero que vocês façam o mesmo. É meio tosco e com pouquíssimas explicações, mas não é uma série dispensável. :p

Pelo menos ela estava viva. Pelo menos ela estava viva.
Era o que repetia a si mesmo. Era o que o mantinha em marcha. (Pág 137).

PS: O livro é narrado em terceira pessoa, mas existe uma frase em primeira pessoa, sem explicação nenhuma para isso. E a revisão não é uma das melhores.

Trailer da adaptação:


Sobre o autor:

James Dashner nasceu na Georgia nos Estados Unidos e mora atualmente em Utah também é autor da serie The 13th Reality. Ainda não acredita que ganha por fazer o que mais gosta: escrever.

Outras obras da série:
A cura mortal.
Ordem de extermínio.
Arquivos.

Outras informações:
Compare o preço: Buscapé.
Título: Prova de fogo.
Editora: Verus.
História: 1/5.
Narrativa: 4/5.