terça-feira, 2 de junho de 2015

Não olhe para trás.

Que saudade de resenhar... <3 E ainda mais se o livro é tão bom!



Samantha tem 17 anos, é rica e não se lembra de nada de sua vida. Até mesmo seu próprio nome teve que lhe ser dito por outra pessoa, pois ela não fazia ideia de qual seria. Isso tudo porque ela sofreu algum trauma durante os quatro dias em que ficou desaparecida.
Ela foi encontrada suja de sangue, machucada e desmemoriada, levada para sua casa e cercada por Scott (seu irmão gêmeo), seus pais, Del (seu namorado de conto de fadas), Carson (amigo de Scott e alguém que Cassie detestava antes do acidente).
E essas pessoas que lhe dizem como ela era: mimada, má, ignorante e a rainha da escola. Posto que ela dividia com Cassie, sua melhor amiga (e com quem Sam mantinha uma relação cheia de altos e baixos).
Mas ela e Cassie desapareceram juntas, quatro dias atrás. E somente Samantha retornou. Ela, então, seria a chave para encontrar Cassie ou descobrir o que lhe aconteceu, mas sua memória insiste em não retornar. E será que não é melhor assim? Descobrir o que aconteceu naquela noite pode ser perigoso... 
[...] eu era turista da minha própria vida. (Pág 142)
Não olhe para trás não é o primeiro livro que leio onde a protagonista perdeu a memória, mas certamente é o melhor deles. Sim, eu já começo a resenha deixando isso bem claro porque de agora em diante só o que vão encontrar neste texto é declaração de amor à obra. Tudo o que eu prezo e espero encontrar em um bom livro está presente aqui:  personagens, narrativa, desenvolvimento e, principalmente, o desfecho. Quase sempre me decepciono com os finais de livros de suspense/policial, mas este aqui... Ah, não, a autora não caiu na armadilha de criar uma história maravilhosa e se perder nos momentos finais. Ela levou tudo com a naturalidade de uma expert e conseguiu finalizar a obra com tudo o que se tem direito: drama, fofura, suspense, surpresa e simplicidade. Se nas páginas iniciais eu já estava apaixonada pela obra, quando terminei foi só amor!

Sabem quando tudo no livro se encaixa perfeitamente? Pois é, foi o que aconteceu. Samantha, Scott, Carson, Cassie, Del... Alguns eu amei, outros odiei e ainda teve aqueles que ficaram em cima do muro, mas todos de alguma forma se encaixavam perfeitamente na narrativa sarcástica, original, perspicaz e simples da autora. A protagonista, Sam, está totalmente desmemoriada e buscar respostas junto com ela se mostra uma aventura prazerosa, pois ela é uma personagem divertida, complicada e impulsiva, extremamente real. E possui o melhor irmão de todo o mundo: Scott. Sério, não tenho palavras para descrever o quanto ele é fofo, inteligente, protetor e perfeito. Inclusive até mais legal que o misterioso do Carson (não que o Carson não seja agradável, mas é que o Scott é outro nível, sabem?). São muitos personagens bem construídos juntos, pois até os "chatos" acabem agradando, uma vez que são muito bom no que fazem: serem chatos. :p

E as pistas sobre o que realmente aconteceu naquela noite? Gente... Elas aparecem das formas mais incríveis possíveis e nos momentos mais estratégicos. As informações não são jogadas todas de uma vez nem no começo nem no final da história, elas vão aparecendo aos poucos, a medida que Sam vai conseguindo ligar pontos aqui e ali, descobrindo tudo em doses homeopáticas, sem causar um AVC no leitor, mas também sem deixar que a coisa se arraste e fique tediosa. É tudo tão dosado... Tão certinho... Tudo se ligando no momento certo, respostas e perguntas se intercalando, criando uma teia tão intrincada de situações, motivos, possibilidades, suspeitas, mentiras... E sempre mantendo o bom humor de uma adolescente em crise (pois Sam tem 17 anos e sim, está em uma crise), me fazendo dar risada até nos momentos mais tensos da história, pois a forma cética e o humor negro e depreciativo da protagonista é simplesmente impagável.

E não tem como terminar essa resenha de outra forma, preciso passar um tempinho aqui agradecendo. À autora, por ser tão incrivelmente maravilhosa e à editora, por ter feito um trabalho tão bom com todo o livro, começando pela capa (que tem tudo a ver com a história!) e terminando com a revisão, que está super bem feita. E por eu ter tido a oportunidade de conhecer uma história tão eletrizante, envolvente, sincera, apaixonante, viciante, sarcástica, emocionante e bem construída. Não é meu gênero literário favorito, nem sequer passa perto dele, mas o livro certamente possui um coraçãozinho vermelho ao lado (isso no site do Skoob), pois simplesmente atropelou todos os outros que já li e envolviam os temas abordados aqui (perda de memória e mortes, basicamente). Este é o melhor, não tem discussão. Se souberem de outro livro no gênero e acreditem que seja bom, por favor me indiquem, pois agora estou curiosa em achar um melhor que este...hahaha
Nem preciso dizer que eu não me enganava mais imaginando um final feliz. (Pág 325).
Sobre a autora:

Jennifer L. Armentrout vive no oeste da Virginia. Quando não está escrevendo, ela passa seu tempo lendo, trabalhando, vendo filmes de zumbis, e fingindo escrever. Ela divide sua casa com o marido, um parceiro K-9 chamado Diesel, seu hiper Jack Russell Loki, e sua tartaruga de estimação chamado Michelangelo. Seu sonho de se tornar autora começou na aula de álgebra, onde ela passou o tempo escrevendo contos. Jennifer escreve livros Adultos e Jovens Adultos, fantasia e romance.

Outras informações:
Compare o preço: Buscapé.
História: 5/5.
Narrativa: 5/5.