segunda-feira, 23 de março de 2015

Confusões em Paris.

Olhem que lindo, consegui finalizar uma das muitas resenhas que estavam aqui nos rascunhos... :D

Paty tem 16 anos e acordou em um avião, cercada por seus amigos, se dirigindo para Paris.
Ao contrário do que muitos fariam, ela simplesmente surtou. Como ela entrou naquele avião? Cadê seus pais? Eles sabem disso? Ela está sendo sequestrada? Quem está pagando por esses gastos?
Essas são perguntas que só serão respondidas depois que ela já estiver na Cidade Luz, vivendo altas aventuras e muitas confusões.
Os amigos César, Paulo, Jonas, Samuel, Gabi, Tainá e Alice estão super dispostos a fazer a viagem ser algo inesquecível.
E poderia até ser que Paty, depois de se acalmar um pouco, aceitasse a brincadeira e entrasse no clima, mas o Ricardo Souza está no meio da turminha e ela, definitivamente, não vai conseguir se divertir com este irritante por perto. Não mesmo. Ou será que vai?


Há anos que quero ler "Confusões em Paris" e agora, depois de finalmente concluir a leitura, só consigo me perguntar "Por que não fiz isso antes?!" Se hoje, com meus quase vinte anos nas costas, me apaixonei tanto pelo livro, o que aconteceria se o tivesse lido com meus 15 ou 16 anos? Muito provavelmente ele teria se tornado um daqueles livros que marcam a adolescência de uma garota e fazem com que ela sonhe em viver tudo aquilo (assim como acontece com adolescentes lendo "Diário de uma princesa"). Se a Yara cética, crítica e complicada de hoje encontrou poucos pontos negativos na obra da Vanessa, a Yara de anos atrás teria entrado em êxtase com a leitura.

Paty é uma protagonista típica de comédias românticas adolescentes: dramática, cheia de amigos, é o alvo do amor de um desses amigos e vive esperando pelo amor de cinema, sem se dar conta de que seu par perfeito está tão perto. Ok, é fórmula repetida. Nem sempre dá certo, mas desta vez deu. Sorri, fiquei com vergonha, me emocionei e quis chorar com a personagem. Tá certo que ela demorou para notar o óbvio (algo que geralmente me irrita), mas a autora a construiu com tanta realidade que isso se tornou compreensível. Toda vez que ela se perdia em pensamentos e depois não tinha ideia do que as pessoas tinham falado eu sorria igual boba, pois faço isso muitas vezes por dia. :D Sem contar que vê-la lutar contra seus sentimentos e passar pelo processo de negação foi lindo (aquele momento em que a pessoa fica insistindo para si mesma que "NÃO GOSTO DELE" e "ELE NÃO GOSTA DE MIM").

E o par romântico perfeito da personagem em questão é perfeito mesmo. Gente, como o Souza é um fofo! Parece que foi originado de algum doce e inocente sonho adolescente. Protetor, orgulhoso, irritante, teimoso, compreensivo e apaixonado, Ricardo é simplesmente o melhor personagem do livro. E olha que ele tem ótimos concorrentes, pois todo o grupo de amigos da Paty é adorável. Simpáticos e singulares, formam uma turminha unida, animada e cheia de confusões e intrigas amigáveis. Entre eles se destacam a Gabi e a Tainá, duas personagens bem diferentes (a Gabi é meio doidinha e a Tainá é mais doce), mas que contribuem horrores com a história. As duas, de modos diferentes, arrumam bastante situações entre Paty e Ricardo. São duas monstrinhas quando o assunto é resolver problemas amorosos alheios... :P São as duas melhores amigas sonhos de consumo de toda garota.

A narrativa é rápida e dinâmica, sempre pelo ponto de vista de Paty, com capítulos longos e divertidos que possuem boa revisão, mas ainda com alguns errinhos. Eles nem incomodam muito, na verdade. E só me incomodei com três coisinhas: 1. Não saber muita coisa sobre os relacionamentos e a vida dos personagens antes da viagem (isso responderia o motivo de terem levado Paty para Paris sem avisá-la, ou o porquê dela estar tão convicta de que o Souza não vale nada); 2. Durante a história, foi citado um nome de personagem que acabei não conseguindo entender quem seria e 3. A explicação para a tal viagem foi muito sem graça. Mas olhem... Eu facilmente ignoro esses 3 itens e me deixo levar para Paris com Paty, Souza e cia. E acho que vocês deviam fazer o mesmo.
Não consegui o ursinho, felizmente, tenho ótimas ideias e percebi que eu tinha um ursinho gigante ao meu alcance.
Voltei para a cama sorrindo e, em vez de deitar de costas para o Ricardo novamente, eu o agarrei.
Vocês leram bem... Eu o agarrei! Passei meu braço direito pela sua cintura, pousando a mão em sua barriga gostosa, infelizmente, mesmo assim não ficou tão confortável, pois eu estava deitada em cima do meu braço esquerdo.
- Ricardo, levanta a cabeça - pedi sussurrando.
- Para quê? - ele perguntou, levantando a cabeça do travesseiro.
Passei meu braço pelo seu pescoço e ele deitou a cabeça de novo. Agora sim estava quase perfeito.
- Você disse para eu não te tocar? - ele perguntou rindo.
- Eu preciso de um ursinho. - respondi na maior inocência. (Pág 100/101).
Sobre a autora:
Vanessa Sueroz nasceu em São Paulo, fez faculdade de Ciências da Computação e trabalha como Analista de sistemas em São Paulo. Começou a escrever com 8 anos de idade e começou a publicar fanfics em 2006 para conseguir um público leitor para publicar finalmente seu primeiro livro em 2011.
Outras obras dela:

Odiado admirador secreto.

Outras informações:
Compare o preço: Buscapé.
Título: Confusões em Paris.
Autora: Vanessa Sueroz.
Editora: Ixtlan.
História: 4/5.
Narrativa: 4/5.