segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Eu pego esse homem.

Que tal resenha nova?!

Penny está pronta para seu casamento. Ao lado da melhor amiga Vita e da mãe Esther, ela espera pelo momento em que a organizadora da festa irá entrar e dizer que poder ir ao encontro de Bram, seu noivo.
No entanto, quem aparece à porta é Morris, o melhor amigo de Bram, com um bilhete para a noiva. Naquele pedaço de papel, eis a notícia de que o noivo desistiu do casamento.
Esther, que nunca gostou de Bram, sai à sua procura e encontra-o arrumando as malas. Agindo sem pensar ela acerta-lhe a cabeça com uma garrafa de champagne e carrega o homem, desacordado, para um dos cômodos de sua mansão. Natasha, sua empregada, a ajuda no sequestro.
Tudo vira uma confusão ainda maior quando Keith, o pai de Bram, nota o sumiço do filho e começa a procurá-lo, Penny começa a tentar administrar o fato de ter sido abandonada no altar e Esther percebe que não sabe o que fazer com Bram, que continua em cativeiro...

Descobri este livro por acaso, uma vez, no blog Bookaholic, e apesar de não ter caído de amores por ele logo de cara, não o esqueci. Finalmente achei-o por um preço acessível e comprei, somente para esquecê-lo na estante, sem a mínima pretensão de ler tão cedo. Mas deixei minha mãe sortear um livro da minha TBR Jar e eis que “Eu pego este homem” foi o escolhido. Agora, depois de terminar a leitura, estou feliz por ter feito isso. Não foi, nem de longe, um dos melhores livros que já li, mas foi legal, um bom passatempo, uma daquelas leituras que não requerem reflexões ou grande concentração e por isso acabam agradando, mesmo que no fundo você saiba que o livro não foi tão bom assim.

O que desencadeia o livro inteiro é o fato de Esther, a mãe da protagonista, golpear o ex-futuro genro e sequestra-lo. Já nas primeiras páginas já percebemos que a mulher não é uma das mais centradas e isso me deixou levemente irritada, pois não vi motivos lógicos para que ela trancasse o homem em sua casa. O que faria com ele? Deixaria preso o resto da vida? Iria soltá-lo e deixar que ele prestasse queixa de seu sequestro? Gente... Isso não tem a mínima lógica! E o enredo inteiro, basicamente, não tem lógica. São mais de duzentas páginas de trapalhadas, confusões, mentiras e tentativa, por parte da autora, de transformar a história em algo mais intenso e com profundidade. Ok, a autora tentou bastante, mas para mim não deu certo e acabei o livro convicta de que ele é raso, bem raso. Em enredo, em narrativa e em personagens.

Penny, Esther, Bram, Morris, Kheith e Natasha, os personagens principais e secundários mais importantes, são pouco coerentes, muitas vezes chatos e algumas questões sobre eles acabaram ficando sem respostas (principalmente sobre Kheith e Natasha), mas Vita, a melhor amiga da noiva, é uma daquelas personagens que fazem a leitura valer a pena. Ela é teimosa, irritante, petulante e dramática. Também é a responsável pelas melhores cenas e falas, não deixando que os demais atrapalhem o desenvolvimento da história. Aliás, seu papel é super importante para o final, que diga-se de passagem, foi um tanto hilário. Um pouco fantasioso e também vago, mas fofo na medida certa. Fez com que eu fechasse o livro sorrindo, mesmo que durante o virar das páginas o sorriso não tenha sido tão constante assim.

A leitura é bem rápida, as coisas acontecem em um ritmo constante e agradável, com uma narrativa simples (um pouco superficial também) e direta, só me fazendo ler mais devagar por ser um daqueles livros em que as falas são indicadas por aspas e não por travessão (sempre prefiro o travessão e me atrapalho com as aspas) e em dois momentos os nomes dos personagens foram trocados, causando um pouco de confusão na leitura. Consegui relevar e continuar a leitura sem maiores problemas, mas acabou incomodando um pouco. Tirando isso e a superficialidade da obra como um todo, o livro é gostoso de ler, surpreende o leitor em diversos momentos e é uma sugestão para quando você estiver no clima de livros leves e despretensiosos. Só não vá esperando muito dele, ok?

"Com um bom motivo, qualquer um é capaz de qualquer coisa" (Pág 196).

Sobre a autora:

Autora de 8 livros (dentre eles, Stacy Temple, virgem por acaso e Eu pego esse homem), contribui para dezenas de publicações, incluindo o New York Times, Mademoiselle, Self, Allure, Glamour, Parenting e Good House Keeping. Seu livro de memórias Thin is the new happy sobre a superação da imagem cultural ruim, After 30 years of dieting and self-loathing, foi recentemente descrito como "triste, agradável e surpreendentemente engraçado", pelo New York Times. Atualmente vive no Brooklyn, em Nova York, com suas duas filhas.

Outras informações:
Compare o preço: Buscapé.
Editora: Essência.
História: 3/5.
Narrativa: 3/5.