Olhem que lindo... Eu li o quarto livro de Private, depois de esperar muuuuuuito tempo para que fosse lançado!
Antes da Private, Jack Morgan não conseguiu salvar a mãe de Hannah Shapiro quando as duas foram sequestradas e decidiu que iria manter Hannah (na época com 13 anos) à salvo para compensar sua falha com a mãe e para isso não poupa recursos, tanto que manda a menina para Londres, onde deve estudar e tentar seguir em frente com a vida.Claro, ele colocou alguém super competente no encalço da garota para garantir que nada lhe acontecesse: Dan Carter, o responsável pela Private Londres.Mas apesar dos esforços para dar a Hannah a melhor vida possível, anos depois a jovem é sequestrada novamente e, durante a ação que desencadeou o sequestro, a afilhada de Dan acaba entrando em coma.Jack está determinado a não falhar novamente, pois agora tem diversos recursos, mas uma questão judicial o impede de partir para Londres e resolver tudo pessoalmente, portanto confia a Carter a missão de trazer a bela jovem de volta para casa em segurança, mas enquanto as investigações acontecem Dan acaba descobrindo que o pesadelo está só começando...
Todo mundo que acompanha o Ilusões Escritas sabe que sou apaixonada pela série Private e, ainda mais, pelo seu protagonista, Jack Morgan, um homem para lá de poderoso e perfeito. E devem saber também que Private Londres era o livro mais aguardado por mim este ano. Então minha decepção parcial com a obra pode ter acontecido por excesso de expectativas, ou talvez por se tratar de uma história da filial de Londres e não da Agência Sede de Nova York, não sei... Mas o fato é que, apesar de não ter achado o livro extremamente ruim, não foi bom e sim, eu me decepcionei. :(
Depois de tantos posts apaixonados e das muitas declarações de amor para com os livros de Private, dizer que este livro foi uma das minhas maiores decepções definitivamente acabou com meu coraçãozinho Bookaholic, mas é verdade. Não imaginei que isso fosse acontecer, mas não gostei do livro, não gostei da história, não gostei do protagonista e o final foi um tanto maluco. Sério, cadê o Jack? Cadê as investigações sérias e coerentes que estou acostumada? Cadê os personagens agradáveis e cheios de personalidades? Os dramas pessoais e as complexidades do ser humano? Encontrei somente personagens sonsos (Dan Carter, isso é com você, que é um protagonista tedioso e Hannah está inclusa aqui, por ser chata e irritante) e nada interessantes, uma história para lá de ilógica, explicações ridículas e enrolação, além de muita confusão.
Teve confusão na história (que mais parecia um labirinto, onde por mais que você andasse nunca chegava em lugar nenhum, somente dava de cara com alguma parede), teve confusão nos personagens (ao contrário dos livros anteriores, todos eles possuem praticamente a mesma personalidade então não conseguia identificar quem estava falando o quê) e teve confusão no desfecho, que até agora não aceitei. Foi muita enrolação para poucas explicações. Informações jogadas aleatoriamente, cenas desnecessárias ou desconexas, cada personagem parecia estar seguindo em uma direção, totalmente separada do restante do livro... E nenhum deles chegava em lugar algum, somente ficava rodando igual barata tonta, me estressando pelo caminho! E, não, não deu certo comigo e James Patterson realmente me surpreendeu negativamente.
A leitura valeu a pena? Bom... Sim. Apesar de tudo, o livro serviu para matar um pouco a minha saudade de todo o universo da Private, me fez feliz ao reencontrar ao menos menções ao Jack Morgan (é, ele não aparece no livro mesmo, infelizmente) e a narrativa irônica foi o ponto alto da obra, o que mais gostei no livro. Mesmo com personagens chatos e uma história perdida a narrativa consegui se manter agradável, leve e irônica, quase me fazendo esquecer o quanto a história era boba. E sim, eu sei que só uma boa escrita não faz o livro ser bom, e é por isso que não digo que achei Private Londres um bom livro. Não é extremamente ruim, mas podia ser infinitamente melhor, principalmente se comparado aos outros livros da série. Recomendo que quem tiver se interessado leia para tirar suas próprias conclusões, mas não criem tantas expectativas, ok?
Baixei os olhos e abri a mão fechada com força em torno das chaves do carro. O metal tinha cortado a minha pele. Coloquei a ferida na boca e senti o gosto de ferro.
Como eu disse, alguém iria pagar. (Pág 61).
Autor: James Patterson e Mark Pearson.
Editora: Arqueiro.
História: 1/5.
Narrativa: 4/5.
