sábado, 16 de agosto de 2014

Atemporal.

Ok, eu sei que dei uma sumida básica esta semana por aqui, mas tenho bons motivos para isso e vou apresenta-los para vocês na semana que vem, então acalmem-se, tá?
Por enquanto, vamos de resenha nova!


Em 2023, Lucas é um jovem policial que vê sua vida virar de cabeça para baixo ao descobrir que, em uma cena de crime em 1983, existia um objeto criado somente em 2023.
Intrigado sobre como o tal objeto pode ter aparecido em uma cena de crime tantos anos antes de ser desenvolvido, Lucas decide se aprofundar na investigação do caso, mesmo que ele já tenha sido arquivado e esquecido, afinal ocorreu há muito tempo.
E ao fazer isso ele descobre uma invenção maluca que pode estar sendo usada de maneira ilícita e causar inúmeros danos: uma máquina do tempo.
Lucas precisa correr contra o tempo para entender tudo o que está acontecendo, mas também precisa sobreviver aos inúmeros ataques e ameaças que tentam o impedir de chegar à solução do caso...



Ok, olhem mais um livro que foge à regra do romance adolescente ou histórico que estou acostumada. E, mais uma vez, foi uma boa escapada do romance açucarado. Atemporal é um suspense/policial eletrizante regado à invenções tecnológicas, uma ótima visão futurística do mundo com foco na cidade de São Paulo, muita ação, emoção e, principalmente, uma ótima condução do caso, que não te deixa descobrir a verdade até que esteja nas últimas páginas, já roendo as unhas de tanta raiva e ansiedade por querer resolver as situações, tamanha a maestria do autor com as palavras. Com a narrativa em terceira pessoa tão bem feita quase não dá para acreditar que esta é a obra de estreia do Rodrigo. :D

Lucas é um protagonista muito ativo, inteligente, intuitivo e cheio de personalidade. Gostei muito de o conhecer e de poder acompanhá-lo no caso, seguindo seus passos de maneira obsessiva e tentando a todo custo descobrir quais eram as motivações do ser que estava por trás de todas aquelas ações estranhas. Mas o melhor é que o livro vai contando também o ponto de vista da tal pessoa responsável por todos os absurdos, então você sabe os próximos passos do vilão da história e fica morrendo de vontade de poder contar para Lucas e ajudá-lo. Mas as motivações de ambos (tanto do vilão quanto do mocinho) para continuarem envolvidos nesta busca implacável você só vai conseguir encontrar mesmo perto do final.

E sobre eu quase sempre não gostar muito do final de livros do gênero venho dizer que Atemporal se encontra no meio termo. Gostei das explicações do autor e as entendi, mas o capítulo final foi um pouco confuso. Não foi rápido e sem lógica, mas achei que teve muitas explicações pouco desenvolvidas. Tive que reler o epílogo para absorver de verdade o que estava lendo. Talvez isso tenha acontecido por eu estar meio louca para chegar ao final e ter lido de forma muito "afobada", mas ainda assim foi preciso reler para entender completamente o desfecho da obra. E em alguns momentos achei o diálogo de alguns personagens meio superficiais e forçados.

Mas esses pequenos pontos negativos não interferem muito em minha avaliação da obra como um todo, pois digo e repito que Atemporal é um livro muito bom e que o recomendo. São mais de 200 páginas de pura aventura, diversas invenções tecnológicas maravilhosas e malucas (eu queria que boa parte delas se tornasse realidade), personagens cativantes, narrativa simples e envolvente, um suspense eletrizante e ótimas justificativas. Não é possível perceber as páginas virando, não é fácil desgrudar do livro antes de chegar ao seu final e depois de terminar também não vai ser fácil tirá-lo da cabeça, garanto. Então sim, eu recomendo a leitura de Atemporal e sinceramente acredito que não irão se decepcionar!
Mas certo dia ele leu em algum lugar, não se recordava, agora aonde tinha sido, que os paranoicos sobrevivem. Os desligados não. Provavelmente uma frase dita por um paranoico, mas que fazia todo sentido. (Pág 113).
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Título: Atemporal.
Editora: Novo Século.
História: 4/5.
Narrativa: 4/5.