sábado, 21 de junho de 2014

Eleanor & Park.

Gente, minha internet está um LIXO! Estou atualizando a página do blog no Facebook através do celular, para vocês terem uma ideia. -.- Vou tentar atualizar o placar dos jogos da #Copa dos livros e a classificação das Seleções também, mas não garanto, tá? :( A previsão é que as coisas melhorem segunda feira, então se der certo segunda coloco tudo em ordem por aqui!

Eleanor tem seu próprio estilo, não se preocupa com o que os outros pensam dela e está ocupada demais tentando passar despercebida em sua casa para se dar conta de que outras pessoas a desprezam pelo seu comportamento.
Park é descendente de estrangeiros, tenta ao máximo se manter naquela categoria quase inalcançável em que não é um idiota completo ou popular. Não quer ser importunado pelas criaturas desagradáveis da escola sendo um nerd ou coisa assim, mas não quer chamar a atenção para si ao se tornar popular.
Quando Eleanor chega na escola, Park não se mostra interessado em manter contato com a ruiva estranha que é zoada por todos, afinal isso chamaria atenção para ele, mas não demora para que os dois comecem uma amizade que pode vir a se tornar algo mais, mesmo que as dificuldades sejam inúmeras...


Antes de iniciar a leitura de Eleanor & Park tudo o que eu sabia sobre o livro era que iria virar filme e que todo mundo havia amado muito esta história antes mesmo que ela chegassem em terras brasileiras. Até aí, tudo bem. O que eu não fazia ideia era que a historia da vida desses dois jovens era tão emocionante e envolvente ao ponto de me deixar irada com o destino, principalmente por notar realidade em cada palavra lida, pois acima da bela história de amor vivenciada pelos dois existe sempre a impressão que aquilo realmente aconteceu. Não necessariamente com Park e Eleanor, mas com um Thiago, Amanda, Júlia, Gustavo etc. Acredito mesmo que aconteceu em algum lugar, com qualquer um, ainda que longe do conhecimento da autora.

E foi com todo esse realismo que Rainbow Rowell conseguiu me convencer a continuar acompanhando Eleanor e Park mesmo quando estava tão brava que queria chorar (e chorava) ou quando acreditava que não teria coragem de continuar e descobrir mais alguma coisa que, eu sabia, iria me deixar querendo brigar com a autora ou ainda mais emocionada. Mas eu continuei, pois era impossível não querer saber como terminaria a conturbada e verdadeira história dos dois, apesar de chorar demais durante seu desenvolvimento pois Eleanor é tão forte e frágil ao mesmo tempo, tão humana e desesperadamente responsável... E Park é tão complacente, apaixonado, imperfeito e responsável... O tipo de casal protagonista que conquista qualquer um, com muita simplicidade.

Falando assim parece que o livro é extremamente dramático e o tipo de história que destrói o coração do leitor, mas na verdade ele não é. Fiquei tão abalada durante a leitura por compartilhar alguns sentimentos e algumas situações com os personagens (aquele típico drama de ler algo que parece que foi você que escreveu, sabe?), foi algo pessoal. Não acho que todo mundo que ler vai sentir tudo de forma tão intensa. Ou que vai chorar tanto quanto chorei, pois apesar de ter seus momentos tristes, não é essencialmente dramático. Sua história vai além; envolvendo amizades, sonhos, sentimentos, responsabilidade, proteção, direitos e escolhas, não é um drama sem fim; é uma lição de vida e faz a diferença quando o assunto é livro adolescente, pois o relacionamento dos dois não é algo extremamente físico ou superficial.

A narrativa de Rainbow é leve, simples, pouco elaborada, mas cheia de estilo e ritmo, só não foi muito respeitada no momento da tradução e revisão, pois existem muitos erros de digitação no livro, infelizmente. Se a edição tivesse sido mais cuidadosa, o livro estaria mais do que perfeito. E como os erros gramaticais estão além da alçada da autora, o livro está perfeito, pois tudo o que ela podia fazer para uma história emocionante, doce, verdadeira e cativante, ela fez nesta história lindamente contada pelos protagonistas em capítulos intercalados. E eu agora sou mais uma daquelas que não podem ouvir falar de Eleanor e Park que já começa a querer abraçar o livro e pedir para todo mundo ler, então claro que recomendo a leitura... :D

Não existem príncipes encantados, pensou ela.
Não existem finais felizes.
Ela olhou para Park. Dentro dos olhos verdes dele.
Você salvou minha vida, ela tentou dizer. Não para sempre, não definitivamente. Provavelmente, só por certo tempo. (Pág 311).

Título: Eleanor & Park.
Editora: Novo século.
História: 5/5.
Narrativa: 5/5.