terça-feira, 27 de maio de 2014

Convergente.

Eis que apareci por aqui novamente! E com resenha nova... :D

Depois de descobrir os segredos mais obscuros do estilo de vida em facções, Tris Prior percebe que tem a chance de ir mais além do que já foi, de descobrir novas informações e talvez se estabelecer com Tobias/Quatro para que possam, enfim, ter a vida serena e distante de armas, guerras, mortes, ferimentos, traições e dores que atualmente parece os seguir.
Claro que a corajosa Tris Prior não hesita em seguir por esses caminhos recém-descobertos e levar toda sua comitiva de fiéis amigos, mas como em sua vida as coisas não acontecem de forma fácil, novas verdades aparecem e todo o desespero vivenciado antes parece brincadeira de criança quando comparado ao atual.
Neste novo cenário, amor, ódio, coragem, fidelidade, sacrifício e perdas se misturam de maneira quase homogenia, culminando em um desfecho de surpreendente, de tirar o fôlego e causar lágrimas.


Pode reduzir a resenha em "Chorei metade do livro, quase me desidratei nos momentos finais e choro toda vez que lembro tudo o que aconteceu"? Juro que eu queria! Apesar do livro inteiro ter sido maravilhoso e repleto de informações, o que mais me marcou foi seu final devastador, revoltante e perfeito, então só de olhar para ele na estante eu já quero chorar novamente e vocês vão notar na resenha que as palavras "choro" e "desespero" estarão presentes em praticamente todas as frases e não se irritem, pois é algo maior do que eu. Só não consigo me controlar ao falar do desfecho da história de Tris, uma história que me convenceu desde a primeira página do primeiro livro e agora, depois de terminado o terceiro, não tenho arrependimentos ou queixas a fazer, tamanha a perfeição contida nessa série.

Uma série que possui de tudo um pouco, adrenalina, tensão, romance, amizade e superação, mas que na verdade foca na complexidade do ser humano. Seus limites (ou falta deles), sua busca por poder, a necessidade de se sobressair, a incapacidade de ser "só mais um", o desejo de ser o que coordena, resolve e dá as ordens o tempo todo, enfim, sua vida sob os mais diversos aspectos. A história de Tris é exatamente sobre isso e este terceiro livro é o que mais mostra isso, pois aqui todos os segredos são revelados, todas as máscaras caem e a verdade aparece de forma surpreendente, nos mostrando exatamente quem é quem e como cada coisa aconteceu. E isso só me fez amar mais todo o universo Divergente.

Mas as novidades não param por aí, pois agora temos o ponto de vista de Quatro também! Sim, sim o lindo-atirador-de-facas aparece narrando metade da história, junto com a linda da Tris. Um capítulo para cada um, em uma divisão perfeita que possibilita conhecer Quatro de maneira mais íntima e acolhedora. Foi muito bom poder enfim entendê-lo mais completamente, compreender seus medos, seu passado e seus sentimentos, com o bônus de desfazer a imagem que eu tinha de que ele era PERFEITO, me mostrando que, na verdade, ele é imperfeito e completamente amável de todas as maneiras. :D E ao contrário dos comentários que vi, não tive dificuldade nenhuma em diferenciar quem estava narrando cada momento, principalmente por encontrar diferença nos dois: Quatro tem uma visão mais dura do mundo, ao contrário de Tris que, apesar de tudo, ainda tem mais sensibilidade com o mundo e com as pessoas.

Tris e Quatro estão ainda mais perfeitos um para o outro neste livro, encarando batalhas enormes, encontrando diversos problemas pelo caminho, brigando, se desentendendo, mas sempre encontrando uma maneira de ajeitar as coisas entre eles novamente, fazendo meu coraçãozinho de bobo enquanto se partia e se reconstruía com o enredo se tornando cada vez mais incrível e desesperador. E por fim, eu amei, amei e amei cada palavra deste livro (menos as que estavam escritas errado por causa de uma revisão meia-boca, infelizmente) e espero que todo mundo ame também, mas adianto que será preciso manter uma caixinha de lenços por perto, pois Veronica não tem dó dos leitores (e, acredito que também não tem coração, mas deixa pra lá). E, não, não foi o melhor livro da trilogia (Divergente é sem comparações), mas é um dos mais incríveis que já li.


Parece que as rebeliões nunca terminam, na cidade, neste complexo, em todo lugar. Existem apenas intervalos entre elas, e, tolos, chamamos esses breves períodos de "paz". (Pág 318).

Título: Convergente.
Autora: Veronica Roth.
História: 5/5.
Narrativa: 5/5.