sábado, 26 de abril de 2014

Cretino irresistível.

Voltei, mas desta vez com uma resenha de livro adulto... Então o post é recomendado para maiores de 18 anos, hein? :D

Chloe Mills é uma estagiária inteligente, dedicada, quase adquirindo o MBA que tanto sonha e extremamente profissional, mas odeia Bennett Ryan, que, por sorte, é seu chefe.
Ignorante, teimoso, insensível e um belo cretino, Bennett retornou da França a pouco tempo e se transformou no chefe mais odiado do mundo. Basicamente ninguém o suporta.
E desde quando ódio é apenas ódio? Não existem aqueles casos em que o sentimento vai de um extremo a outro? Pois é, neste caso as coisas são quase assim, exceto que não varia do horror repentino para o amor e sim para a atração.
Uma atração irresistível, avassaladora, envolvente e que pode colocar em risco todo o futuro profissional de Chloe (se destacar no serviço por estar sexualmente envolvida com o chefe não é uma das melhores descrições que se pode ter no currículo) e também o pessoal, pois ela pode vir a querer mais do que Ryan pode lhe oferecer, afinal, apesar de ser irresistível ele não deixa de ser cretino. Muito cretino...




Desde que vi a capa deste livro, ninguém me tira da cabeça que o "moço" da imagem não é o Justin Timberlake, e, confesso, foi por isso que comprei o livro. Só por ter o Justin na capa, sendo que na verdade nem deve ser ele. Mas não me arrependo, pois minha pequena obsessão por um cantor pop me levou a conhecer uma história hot e envolvente com personagens fortes, instigantes e interessantes, com um destaque adorável para a protagonista, que passa bem longe de ser uma daquelas típicas garotas submissas e irresponsáveis. É, desta vez meu personagem favorito do livro é a mulher. E sim, sei como é difícil isso acontecer, então acreditem quando digo que Chloe é uma ótima personagem. :p

Cheia de vida, orgulho e vontade de assassinar o próprio chefe, Chloe não se deixa levar por sua atração o tempo todo, e isso me agradou. Ela, de certa forma, faz Bennett de "gato e sapato". Agora, me digam: em qual outro livro erótico a mocinha manda e desmanda? Não conheço, então se vocês conhecerem, por favor, me falem. Mas, retornando ao assunto, tenho que acrescentar aqui que a narrativa de Christina Lauren (que se divide para apresentar o ponto de vista da Chloe e do Ryan) também ajudou no processo de conquista do livro. De forma leve, espontânea, envolvente e sem vergonha, a história se desenrola com grande desenvoltura e poucas surpresas no enredo.

A história de Chloe e Bennett é previsível, mas agradável e só me incomodei com um aspecto, que foi o exagero nas cenas de sexo. Não por muita descrição ou palavreado baixo, mas sim por ter muitas cenas assim em seguida. Sei que o livro é erótico e, por isso tem uma quantidade considerável de sexo, mas acho que se aplica o mesmo princípio do romance: amo romance, mas odeio quando os personagens passam páginas e mais páginas naquela história de "Eu te amo", "Eu te amo mais ainda", "Não sei viver sem você" e "Se você for embora eu morro", então também não vou gostar de quando o livro se resume em "sexo-sexo-sexo-conversa-sexo-sexo..." É um livro hot? Ótimo, então vamos ter cenas quentes, mas também vamos investir em outros aspectos para não ficar massante? Queria que os autores pensassem assim...

Então, excetuando meu descontentamento com o exagero nas relações sexuais e o desprezo por mais fundamentos e explicações em outros aspectos (Por que Bennett decide agir como um cretino o tempo todo? Por que a família de Bennett gosta tanto da Chloe? Que tal criar diálogos mais profundos? Conhecer mais a vida dos protagonistas?), posso dizer que Cretino irresistível é uma boa leitura. Não perfeita, mas boa o bastante para valer a pena, principalmente se você não se importar em saber pouco sobre os personagens e estiver afim de um livro mais sem vergonha. Ah, e já estou planejando comprar os outros livros da autora... :p
Se pelo menos ficasse de boca fechada, ele poderia ser perfeito. Um pedaço de fita adesiva resolveria o problema. Eu tinha um rolo no meu armário que às vezes eu pegava e acariciava, pensando que um dia poderia fazer bom uso dele. (Pág 09).

História: 3/5.
Narrativa: 4/5.