terça-feira, 15 de outubro de 2013

Sedução ao amanhecer.

Gente, voltei! Minhas provas estão quaaaase acabando, nem acredito!kkkk
Aí vou voltar de vez para minhas leituras e para o blog. ♥


O cigano Merripen esteve sempre junto com a família Hathaway, mesmo não pertencendo, de fato, à família.
Criado pelo Sr Hathaway depois de ser encontrado ferido e abandonado, Marripen decidiu ficar com todos aqueles gadjes (pessoas não ciganas) e tomou para si a responsabilidade de ajudar a fazer tudo o que fosse preciso. Incluindo cuidar dos irmãos Hathaways (Leo, Amelia, Win, Poppy e Beatrix).
Mas entre todos os irmãos ele sempre deu preferência pela jovem e bela Win, que após contrair escarlatina se tornou ainda mais frágil.
Merripen, sabendo que seus modos rústicos não lhe ajudariam a conquistar a bela moça, guardou para si o afeto e mesmo quando Win demonstrou retribuir o sentimento, não lhe deu chances de avançar com um relacionamento, pois tem consciência de seu passado sombrio e entende que não poderá dar um futuro grandioso para ela, uma moça tão delicada.
Então Win descobre um médico capaz de ajuda-la a tornar-se saudável novamente e parte para a França, deixando Merripen para trás, e anos depois, quando Win retorna curada, se surpreende ao reencontra-lo.
Ela esperava que o tempo que passaram separados tivesse mostrado para Merripen que seu lugar é ao lado dela, porém ele construiu barreiras ainda maiores ao redor de si, e agora ela tem a opção de tentar ultrapassar essas barreiras ou apenas se deixar levar e entregar-se ao jovem médico que a ajudou tanto na França...


Estou cada vez mais encantada com romances de época, é fato. E, acho, por ciganos também... Vejam bem, Merripen não é o que eu imagino como um homem perfeito, longe disso, mas ele tem uma certa pegada (deixa minha mãe ler isso...haha) e apesar de querer o esganar durante quase o livro inteiro, não consigo o detestar por completo. Tenho uma relação de amor e ódio com ele. Motivos? Ora, ele não quer se deixar levar pelo amor que sente por Win, porém também não desencanta. Sabe aquele vai e vem? Quero e não quero? Oh, céus, não tenho muita paciência para isso e quis poder entrar no livro, pegar o cidadão pelo braço e dar uma sacudida para ver se ele finalmente decidia o que queria e parava de confundir a coitada da Win. E, apesar de achar e preferir que ele podia resolver tudo isso muito rapidamente, toda essa confusão tem um certo charme. Irrita, mas deixa as coisas mais emocionantes.

E quando digo que ele fica confundindo a Win, não quero dizer que ela não tem personalidade ou vontade própria, que fica sendo jogada de um lado para o outro. Ela sabe muito bem o que está fazendo e não demora a tomar uma decisão, mas essas variações de humor de Merripen afetam-na de alguma forma, sempre. E todo esse jogo de vai-e-vem fez com que a história demorasse para evoluir. Lá pela metade do livro eu estava me desapontando um pouco por não ver muita mobilidade em nada, mas a autora conseguiu devolver tudo aos trilhos e senti quando a trama melhorou e ganhou forma. Foi então que eu me rendi de vez e acompanhei, feliz da vida, mais um casal se formando entre os Hathaway, que continuam sendo uma família extremamente divertida e peculiar, cheia de confusões e aventuras.

A narrativa leve, divertida e característica da autora continua em terceira pessoa, passeando entre os personagens, principalmente entre Merripen, Win e Cam (o protagonista do primeiro livro e marido de Amelia, que recebe bastante destaque neste livro por ser o "chefe" da família Hathaway), e isso dá uma visão mais ampla de tudo.

Enfim, este segundo livro, Sedução ao amanhecer, não conseguiu me agradar mais do que o primeiro por causa do protagonista indeciso, mas ainda assim foi uma boa continuação, possui uma história agradável, cenas ótimas e uma narrativa muito boa. Para quem gosta de romances históricos, este é um que provavelmente vá agradar.

PS: Uma coisa que eu adoro nesses livros históricos é poder acompanhar a vida dos personagens de outros livros, pois são da mesma família. Adorei reencontrar Amelia e Cam e saber como eles estão... :D Ainda mais por perceber que as características que eu não gostava muito em Cam estão desaparecendo. Acho que no terceiro livro eu me apaixono por ele!

Não podiam ser mais diferentes, a moça loura, pálida e debilitada e o grande rom. Uma tão refinada e transcendental; o outro moreno, rústico, quase incivilizado. Mas a conexão estava ali, invisível porém inegável. (Pág 13).

Autora: Lisa Kleypas.
Editora: Arqueiro.
História: 3/5.
Narrativa: 5/5.