quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O amor mora ao lado.

Gente, minhas provas terminaram! Então estou voltando para minhas leituras e amando isso!

Depois de um divórcio traumático, tudo o que Lacey quer é reconstruir sua vida, de preferência sem a presença de uma figura masculina ao lado, por isso se mudou para São Francisco e arrumou uma gata para fazer-lhe companhia, Cléo.
Juntas, Lacey e Cléo vivem em um apartamento bagunçado e com a carinha das duas, sendo que a única interferência na paz reinante ali é Jack, o vizinho.
Lacey sabe muito bem que Jack é o tipo de homem que ela precisa manter distância, por isso sempre se esquiva quando ele tenta alguma aproximação e só o escuta constantemente discutindo com a namorada, pois as paredes não são capazes de abafar a gritaria.
E ela continuaria assim, longe de Jack, por muito mais tempo, se Cléo, a gata, não interferisse em seus planos e se envolvesse com Cão, o gato de Jack.
Agora Lacey é forçada, pelo bem de sua gata, a deixar que Jack tenha acesso a uma parte de sua vida, e tenta se convencer que não se envolverá mais do que o necessário. Mas será que Jack não pode mostrar para Lacey que a primeira impressão nem sempre é a verdadeira?

Confesso, o que me motivou a ler esta história foi a capa. :p Achei muito bonita e bem feita, além de, na parte de trás, ter a imagem do suposto Jack com seu gato, fazendo com que Lacey e Jack fiquem mesmo lado a lado, até na capa do livro! \õ/ Mas claro que só uma capa bem feita não é o suficiente quando estamos falando de um livro, então eu esperava uma boa história e um grande envolvimento com Lacey e Jack, e encontrei, apesar de alguns detalhes.

A narrativa em terceira pessoa não me envolveu muito, mas também não me distanciou dos personagens, e só o que tenho a reclamar com relação a isso é que as coisas são narradas muito rápido, de forma muito superficial, sem grandes descrições do cenário, dos sentimentos ou dos personagens. Por um lado esta velocidade na narrativa é boa por não ficar enrolando o leitor com coisas inúteis, mas ao narrar tudo com essa pressa existe o risco de deixar a sensação de superficialidade, e acho que a autora deslizou um pouco neste sentido, infelizmente.

No quesito história este livro é um daqueles que você começa já sabendo como vai terminar, mas ainda assim quer de todo jeito acompanhar a caminhada dos personagens e ver como eles irão enfrentar os problemas que aparecem pelo caminho. Acho que todo mundo gosta de uma leitura dessas, vez ou outra. Eu sou uma adoradora assídua desses livros! E apesar de já ter uma boa ideia do final, eu acabei não gostando muito dele. Entendam bem, não é um final ruim, só achei que foi um pouco no sentido contrário à tudo aquilo que a Lacey batalhou para construir depois do divórcio. Acho que bastante gente vai gostar de como a autora finalizou a história, mas eu não sou uma delas.

Então, excetuando a falta que senti nas descrições e meu desagrado com relação ao final da obra, posso dizer que este é um livro perfeito para se passar a tarde pois tem uma história leve e divertida, possui uma diagramação muito bonita (no começo de cada capítulo existe a ilustração de dois gatinhos, no caso a Cléo e o Cão) e o tamanho exato para isso, sendo que em menos de duas horas é possível concluir a leitura. Só não esperem um livro cheio de reflexões, pois ele não é bem assim e essa é a graça dele!

Ela estava fadada a se sentir atraída pelo tipo errado de homem. Provavelmente havia um nome científico para isso, algum termo que os psicólogos utilizavam para descrever mulheres como ela. "Louca de pedra", ela decidiu. Envolver-se com ele seria totalmente desastroso. (Pág 30).

Editora: Novo Conceito.
História: 4/5.
Narrativa: 3/5.