sábado, 5 de outubro de 2013

Paperboy.

Gente, só mais algumas provas e finalmente vou voltar a ler! Quase nem acredito que a maioria das provas já foram. Agora é só esperar o resultado. *-*
Ah, e resenha de um livro que eu li ANTES das provas...hahaha

Em uma cidadezinha pacata do interior, Hillary Van Wetter foi preso por ter assassinado um xerife e condenado à pena de morte.
Enquanto está preso ele mantém contato com uma mulher chamada Charlotte Bless por cartas e ela está decidida a provar sua inocência para que os dois possam se casar.
Charlotte, na tentativa de inocentar Hillary acaba chegando em Ward James e Yardley Acheman, dois repórteres investigativos de um jornal de Miami.
Juntos, Ward, Yardley e Charlotte decidem buscar provas de que a condenação de Hillary é incoerente e imprecisa, mas para isso terão que contar com a ajuda do solitário Jack James, irmão mais novo de Ward, que será nomeado o "motorista" da turma.
Então os quatro saem pela cidade buscando informações, pistas e tudo o mais que puder ajudar a resolver o caso, porém quanto mais eles procuram, mais coisas vão descobrindo e muitas dessas informações deviam realmente permanecer em segredo...

Sendo sincera, quando li a sinopse original deste livro, fiquei um pouco curiosa para saber os segredos da trama, mas exceto isso nada mais me chamou a atenção. Mesmo assim decidi ler e tirar minhas próprias conclusões sobre ele, então não criei muitas expectativas, mas ainda assim acabei me decepcionando. Não é um livro ruim, porém a narrativa, principalmente no início da obra, é confusa. São personagens demais, lugares demais, informações demais e eu fiquei perdida. Demorei a me encontrar e a encaixar as peças e quando isso aconteceu eu já estava quase na metade do livro, ou seja, demorou muito. Além disso, o livro não tem capítulos. A narrativa é direta o tempo todo e isso me deu agonia, parecia que não tinha fim!

Quem narra a história é Jack James e ele é meio bobo, gostei mais de Ward, seu irmão mais velho. Ward é inteligente, paciente, observador e meio calado, ao contrário de Yardley, o segundo repórter, que fala o tempo todo, é inconsequente e basicamente insuportável, assim como Charlotte consegue ser em diversos momentos e Hillary é um ser totalmente desprezível. Portanto, entre os personagens principais só se salvam Ward e, com algum esforço, Jack.

Narrativa confusa e personagens não tão interessantes a parte, vamos para a história que simplesmente não foi o que eu esperava. É sim interessante, mas não entendi muito bem o que o autor quis passar com ela e ao final fiquei com um ponto de interrogação no rosto. Se eu for analisar a história envolvendo todos os personagens, não tenho muito o que dizer além de: achei sem graça e podia ter sido melhor. Ok, pontos negativos comentados, vamos ao positivo, afinal o livro não é de todo odioso.

Como Ward e Yardley são repórteres, conhecemos bastante do meio jornalistico, dos prêmios para esses profissionais, dos prazos e da rotina de um jornal. Neste ponto o autor não economizou em detalhes e todo este universo foi apresentado de uma forma bastante realista, eu acho, e interessante. Além disso, gostei de ter acompanhado a história individual de Ward. Como disse, a história, no geral, não foi muito boa, mas acompanhar este único personagem foi muito bom, gostei de ter conhecido-o. Então, definitivamente este não é meu tipo de livro, mas eu só poderia saber disso depois de terminar a leitura, então quem tiver curiosidade, aconselho que leia e tire suas próprias conclusões também.
É difícil desapegar, mas é preciso fazê-lo, ou nunca conseguirá terminar nada. (Pág 208).


Título: Paperboy.
Autor: Pete Dexter.
Editora: Novo Conceito.
História: 2/5.
Narrativa: 2/5.