Ontem devia ter entrado no ar mais um post de "Li até a página 100 e...", mas não estou lendo nada no momento e estava fazendo o ENEM, então fiquei afastada da internet este final de semana, mas voltei agora, ok?
Charlie tem 15 anos e vive de forma solitária e inibida.Irmão mais novo de um ótimo jogador de futebol e de uma estudiosa, ele não chama a atenção da família nem de mais ninguém.Charlie fica observando as pessoas, lendo, escutando músicas, assistindo televisão e gosta disso. Sempre foi assim e ele pensou que nada mudaria, mas na vida de todo mundo existe um momento em que é necessário se colocar no centro das atenções e chamar para si algumas responsabilidades. Com ele não foi diferente.Quando este momento chegou, Charlie foi colocado em uma posição totalmente nova e, naturalmente, não sabe muito bem como reagir, mas a vida vai se encarregar de fazer com que ele aprenda que é preciso deixar de ser "invisível" e ele vai contando tudo sobre esse crescimento em cartas destinadas ao "Querido amigo"...
Posso começar a resenha tentando encontrar palavras que descrevam exatamente como este livro é? Acho que sim, então vamos lá: emocionante, conflitante, delicado, sincero, divertido,
envolvente, surpreendente e instigante. Bastante coisa, não? Mas ele é assim mesmo. Só deixei a palavra mais interessante por último: infinito.
Charlie fala sobre se sentir infinito, eu me senti infinita durante a leitura e acredito que o livro em si é infinito também, pois mesmo depois de concluir a leitura da última página, fechá-lo e o guardar na estante, ao menos alguma coisinha, algum detalhe, continua com você. Este é um daqueles livros que te faz refletir, sorrir, chorar e pensar em como está levando sua vida, nas decisões que está tomando... E, Charlie, por meio das cartas que envia ao "Querido amigo...", vai te envolvendo cada vez mais e rapidinho você já se sente o "Querido amigo" e passa a fazer parte de tudo aquilo. Comigo aconteceu isso.
Charlie fala sobre se sentir infinito, eu me senti infinita durante a leitura e acredito que o livro em si é infinito também, pois mesmo depois de concluir a leitura da última página, fechá-lo e o guardar na estante, ao menos alguma coisinha, algum detalhe, continua com você. Este é um daqueles livros que te faz refletir, sorrir, chorar e pensar em como está levando sua vida, nas decisões que está tomando... E, Charlie, por meio das cartas que envia ao "Querido amigo...", vai te envolvendo cada vez mais e rapidinho você já se sente o "Querido amigo" e passa a fazer parte de tudo aquilo. Comigo aconteceu isso.
Por ter somente 15 anos, as cartas que ele escreve são jovens e inocentes, mesmo quando o assunto é sério ou doloroso e isso faz com que tudo seja ainda mais tocante, pois mostra como Charlie tem uma visão mais simples e delicada do mundo e como ele é basicamente forçado a perceber que as coisas não são bem assim. Realmente me emocionei acompanhando Charlie deixar de ser uma criança reclusa e se tornando um adulto participativo. Acabei me identificando com ele em alguns momentos e não tenho do que reclamar sobre o protagonista, assim como dos demais personagens que são especiais e diferentes entre si, cada um com suas particularidades e seus defeitos.
Não achei que este livro é extremamente perfeito e trágico ou algo assim, como muitas resenhas por aí me fizeram pensar, ele é somente belo e triste. Mas também não é uma tristeza ruim, entendem? (ok, isso ficou confuso), é emocionante, trabalha temas e detalhes delicados, mas no geral possui uma leveza muito grande e isso quase encobre o teor mais triste, deixando só o necessário para envolver o leitor e fazer com que ele entenda o protagonista. Acho que quem gosta de livros emocionantes vai gostar muito deste (como eu), mas quem não é muito fã de livros assim, melhor escolher outro...
É só que às vezes as pessoas usam o pensamento para não participar da vida. (Pág 34).
Título: As vantagens de ser invisível.
Autor: Stephen Chbosky.
Editora: Rocco.
História: 5/5.
Narrativa: 5/5.