segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Como salvar um vampiro apaixonado.

Esperei mais de um ano por este livro, então vamos ver o que eu achei dele?!

Depois de seu casamento com o príncipe Lucius Vladescu, Jéssica Packwood finalmente sabe que também é a princesa Antanasia Dragomir e que deve agir como tal.
Assim, se prepara mentalmente para convencer todos seus súditos de que apesar de sua criação longe do mundo vampírico é sim capaz de governar e o principal: unir os clãs Vladescu e Dragomir, que continuam parecendo se odiar.
Já na Romênia e sem saber muito em quem pode confiar, sua confiança em si mesma pode vacilar um pouco, mas isso não acontece com sua crença de que Lucius não a deixará fazer nenhuma bobagem e irá protegê-la, mesmo que ela não tenha muita noção de que precisa de proteção.
Então é obvio que seu mundo inteiro vem abaixo quando Lucius é acusado de ter destruído um vampiro Ancião. Ele então é preso e aguarda por seu julgamento, que muito provavelmente o levará à morte, deixando Jéssica/Antanasia não só de coração partido e desesperada, como também responsável por governar os dois clãs sozinha enquanto busca maneiras de salvar Lucius do destino trágico que lhe aguarda.
Mindy Sue, sua melhor amiga que está tirando férias no castelo, está disposta a ajudá-la, mas o que pode fazer aquela adolescente humana viciada em sapatos no meio de vampiros sanguinários? E quem é de verdade Raniero Lovatu, o primo de Lucius? Ela pode mesmo confiar nele? E será que ela é capaz de salvar não só seu grande amor, mas também todo seu reino?



Quando eu li Como se livrar de um vampiro apaixonado, confesso, foi por ter vampiros. Mas não foi isso que fez o livro entrar para minha lista de favoritos, e sim a protagonista, a Jéssica. Ela era teimosa, petulante, inteligente, sarcástica e forte. Simplesmente não tinha como não gostar de seu jeitinho único. Então imaginem só minha decepção ao começar este segundo livro e encontrar basicamente seu oposto! Sério, foi de partir o coração ver como ela estava radicalmente mudada. Quase não a reconheci. Ela não tinha mais respostas afiadas, tinha abandonado a impulsividade e simplesmente se deixado vencer pelo medo. Medo de errar, medo de não ser aceita, medo de falar, medo de agir. Medo de tudo!

As coisas só começaram a mudar mais ou menos depois da metade do livro, e apesar de ter salvo o livro de entrar para a lista dos que eu não gostei, não foi o suficiente para manter o nível do primeiro. Durante todo o período que a Jéssica praticamente vegeta as coisas não parecem andar (ou só complicam mais ainda a vida dela) só o que se salvavam eram os momentos em que Lucius escrevia e-mails e Mindy contava suas aventuras pelo castelo da amiga. Lucius continua com seu pensamento aguçado, rápido e sarcástico, e demonstra isso com muita clareza em seus e-mails, então esses momentos eram divertidos e me deixavam curiosa. Mindy, por sua vez, não tem a mesma astúcia de Lucis, mas mantém uma linha de raciocínio divertida e adolescente que movimenta as coisas, mesmo que Jéssica não faça absolutamente nada.

Tirando o estado deprimente que a protagonista se coloca, o livro em si é bom. Não lindo, nem maravilhoso, mas bom. Não demorei muito para descobrir o verdadeiro culpado pelo crime pelo qual Lucius é acusado, e isso só me irritou mais, pois as coisas estavam basicamente na cara da protagonista e ela não percebia. Também não achei o final surpreendente, mas foi suficientemente bom para valer toda a inercia de metade do livro.

Não me arrependo de ter lido, pois tenho certeza que ia continuar pirando para descobrir como realmente acabaria a história de Lucius e Jéssica, e fico feliz em saber agora. Arrependo-me somente de ter gostado tanto da Jéssica, pois se não tivesse a achado tão diferente das outras mocinhas, não esperaria que ela fosse forte e ativa neste segundo volume, portanto não me decepcionaria. Mas como não tinha como saber o que aconteceria, a leitura foi válida e recomendo, só aviso para não irem esperando toda a atitude que a protagonista mostrou no primeiro livro.

[...] o medo é o pior tipo de sepultura, pois enterra gente viva. (Pág 95).

Autora: Beth Fantaskey.
Editora: Arqueiro.
História: 3/5.
Narrativa: 3/5.