quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Claro que te amo!

Gente, estou entrando em época de provas e estou de ressaca literária, então minhas leituras estão meio paradas, mas pretendo dar fim na ressaca logo e voltar aos meus livros em breve!


Piera tem 19 anos e está com o coração partido.
Depois de seis anos de namoro, André a traiu, terminou o relacionamento de forma abrupta e um ano depois, casou-se.
Ela, porém, não encerrou esta época de sua vida da forma como precisava e pretende fazer isso de uma forma não muito digna ou inteligente: indo ver o casamento do ex.
Depois de sair de lá completamente abalada e sem saber muito bem o que fazer com a própria vida, ou como seguir sozinha, guarda a esperança de que as coisas irão melhorar.
Não é bem assim que acontece.
Depois de ter a abandonado com apenas um mês de vida, sua mãe decide aparecer de novo em sua vida e além da instabilidade natural que esta volta acarreta na menina, ela logo conhece Marcelo e ele parece estar disposto a ajudá-la a curar suas feridas e superar seus traumas, principalmente o abandono, que parece ser seu companheiro fiel.
Mas Pira vai conseguir lidar com tantos sentimentos conflitantes, tantas situações delicadas e segredos não revelados? E ela está disposta a se aventurar em outro relacionamento amoroso?


Assim como Piera começa a contar sua história com o coração partido, eu começo esta resenha. Isso nós temos em comum: iniciamos um texto (que no caso dela é bem mais extenso) falando sobre como esperamos uma coisa e recebemos outra. Ela esperava seguir com sua vida ao lado de André, e eu, encontrar neste livro uma história maravilhosa. O destino se encarregou de mudar as coisas. Gosto muito da Tammy, sempre que posso estou lendo os textos que ela posta em seu facebook e gostei muito de Garota Replay, o primeiro livro que li dela, porém esta segunda obra não funcionou comigo.

Logo percebi uma superficialidade irritante na protagonista, que se tornou mais explicita através de suas falas; ela parecia uma criança acostumada com todos batalhando para que ela tivesse tudo. Depois deste estranhamento, só fui me afastando cada vez mais de Piera. Não a entendi, não concordei com diversas atitudes dela, achei-a infantil, mimada e até mesmo egoísta em determinados momentos. E, detesto dizer, mas perto do final eu já estava torcendo para que algo não muito bom acontecesse, esperando que isso fizesse com que ela crescesse. Tudo o que eu queria para ela era um choque de realidade, mas toda vez que este choque parecia acontecer, ela dava um jeito de tornar tudo diferente e voltar para sua bolha de drama, autopiedade e incompreensão.

Cansei disso e só queria terminar a leitura por pura curiosidade de saber como acabaria, não com interesse real de acompanhar o desenvolvimento da história, que parecia não acontecer, pois senti que a história rodava, rodava, rodava e caía sempre no mesmo lugar, no mesmo ponto inicial, que eram os seis anos de namoro com André. Era quase como se para Piera, nem mesmo o fato de ter sido abandonada pela mãe importasse mais do que André ter seguido sua vida sem ela. Outra coisa que, apesar de não ter sido muito determinante, me desanimou um pouco foi a aparição do Marcelo. Ele é um homem muito legal, inteligente, paciente até demais e divertido, porém a forma como os dois se apaixonam é meio surreal e pouco desenvolvida. Não existem muitas conversas, passeios e a tal da conquista, eles simplesmente se apaixonam, quase do nada. 

Esquecendo tudo isso, Claro que te amo! tem uma ideia inicial muito boa só esperava que fosse desenvolvida de outra forma e com uma personagem menos irritante, uma capa perfeita, um trabalho gráfico maravilhoso (todas as páginas possuem ilustrações de borboletas na parte superior e corações na inferior como marcas d'água, e no inicio dos capítulos sempre tem uma frase que dá uma introdução do que vai acontecer em seguida) e passa uma mensagem agradável que com certeza vai emocionar muitas pessoas, principalmente as mulheres. Só não funcionou comigo.

As pessoas tratam você bem e depois mal lembram da sua existência. Ser alguém querido não significa necessariamente ser imprescindível. (Pág 08).

Autora: Tammy Luciano.
Editora: Novo Conceito.
História: 1/5.
Narrativa: 2/5.