segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A garota que eu quero.

Consegui ler um dos meus presentes de aniversário. ♥ Agora, resenha!

Cameron Wolf é o caçula de três irmãos, mas é também o mais quieto e quase sem graça.
Não é um astro no futebol como Steve e não está com uma namorada nova a cada semana como Rube, mas se encontra em uma situação complicada quando se descobre interessado em Octavia, a atual namorada de Rube.
Ele sabe que além de o relacionamento não ser viável por ela namorar seu irmão é pouco provável que ela (ou qualquer outra garota) tenha interesse por ele, um garoto tão sem graça e indiferente.
Ou será que ele é mais do que aparenta? Mais do que ele mesmo acredita? E ela pode perceber isso?


Bom, quando iniciei esta leitura, não sabia que era o terceiro livro de uma trilogia e consequentemente ainda não li os dois livros anteriores, porém não acho que isso interferiu em minha concepção da história ou de seus personagens. Rapidamente me apeguei e me vi um pouco em Cam, compartilhei de alguns sentimentos dele e torci muito para que durante a história ele crescesse e encontrasse seu próprio valor, encontrasse seu lugar no mundo e na família, pois as diferenças entre os irmãos são gritantes e realmente passam a ideia de que Cam é o mais insosso de todos, sem nada a acrescentar.

Não que o relacionamento entre os três seja ruim ou coisa assim. Até me surpreendi e me emocionei vendo o entendimento mútuo e silencioso que acontece entre os três, principalmente entre Cam e Rube. As outras pessoas que compõem a pequena família Wolf (a mãe, o pai e a irmã Sarah) não são bem explorados e queria saber mais sobre cada um deles, sendo que este é o único ponto negativo que encontrei no livro inteiro (apesar que ele podia ser mais extenso, não reclamaria em acompanhar Cam por mais algumas páginas).

A narrativa é leve e ao mesmo tempo intensa. Realmente toca o coração e te aproxima de Cam, que narra tudo do seu ponto de vista amigo e inteligente, sem contar os momentos em que ele escreve (pequenos textos, diálogos e coisas assim) suas próprias criações, que são encantadoras. 
Esta foi minha primeira experiência com algum livro do Zusak (sim, eu ainda não li A menina que roubava livros) e só o que eu posso dizer é: não teria como ser melhor!

Certamente vou atrás dos dois livros anteriores a este e todos os outros já lançados do autor. E acho que todos deviam fazer o mesmo, ao menos para dar uma oportunidade de Zusak os conquistar, assim como fez comigo.

A gente pode fazer qualquer coisa quando não é real.
Quando é real, não há nada para conter a queda. (Pág 76).


Autor: Markus Zusak.
Editora: Intrínseca.
História: 5/5.
Narrativa: 4/5.