terça-feira, 11 de junho de 2013

Quem escreveu as ilusões #7

Mais uma entrevista para vocês!
Desta vez com o Salustiano Luiz, autor de O Eterno Barnes, vamos conferir?






Você se lembra do primeiro livro que leu?


Sim, estava no ensino fundamental e o livro era “O Sitio do Picapau Amarelo” de Monteiro Lobato. Um ônibus transformado em biblioteca itinerante foi na nossa escola e minha professora pegou este livro e me falou: - Você vai gostar de ler esse livro.

Quando decidiu buscar uma editora para publicar "O Eterno Barnes", foi apoiado pela sua família?

Na realidade meu filho lançou um thriller jurídico intitulado “O Advogado da Vida”, um livro muito bom, por sinal, no ano passado. E ele fez pela Novo Século, então mantive contato com eles e o livro foi publicado.

Por que escrever sobre a busca da imortalidade?

Porque ser imortal é o grande e velho sonho da humanidade. Todos temos esta ânsia de nos perpetuarmos no tempo. Institivamente fazemos isso quando tentamos deixar nossas marcas, construir coisas ou criar obras. Desde o adolescente que escreve seu nome nas árvores e paredes até o artista que assina sua obra de maneira única, todos queremos registrar nossa existência, queremos ficar além do tempo que vamos viver. E eu sempre acreditei, e ainda acredito, que é um grande desperdício da vida a gente morrer e tudo o que tivemos de experiências, tudo o que vivemos, se perder, não ser aproveitado. Sempre pensei numa maneira de se fazer um backup de todas essas informações, por isso a ideia do livro.

"O Eterno Barnes" é seu primeiro livro publicado. Antes dele, já tinha começado alguma outra história?

Formalmente não, mas sempre pensei muito em projetos de livros, em histórias que poderiam ser transcritas para livros. Já tive publicado muitos contos e poesias, mas não os tornava muito públicos. Sempre tive esse projeto de escrever e percebi que agora chegou a hora.

O livro contém bastantes termos técnicos da medicina. Foi necessário muita pesquisa sobre eles? Como foi esta pesquisa?

Sim, precisou de muita pesquisa, me interessei muito pelo trabalho do Dr. Miguel Nicolelis, que desenvolve pesquisas desse tipo nos Estados Unidos, fui muito ajudado por amigos que são médicos, principalmente contei com a inestimável ajuda do Dr. Eduardo Missias, que escreveu o prefácio do livro.

A cada 100 curtidas na Fan Page do livro, você doa um exemplar para uma escola. De onde veio esta ideia?

Quando eu era criança eu sempre imaginava ter um livro para mim, um livro só meu. Tudo o que lia eram livros da biblioteca pública, biblioteca das escolas ou revistas velhas que ganhávamos. Só fui ter um livro quando já era crescido. E aí percebi que sensação de se ter um livro na mão, poder saboreá-lo é muita intensa, muito gostosa. Por isso gosto de doar livros para escolas, pois as crianças começam a ter contato com os livros mais cedo e quem sabe elas não possam reviver essa experiência de desejar ter um livro só delas. Sei que hoje está mais fácil ter livros, mas ainda existe muita necessidade cultural nesse país. Acredito que isso é uma pequena contribuição para ajudar mais pessoas a lerem.

Tem projetos para novos livros?

Sim, tinha um projeto de começar a escrever e agora estou colocando em prática. Estou escrevendo outro romance e tenho projeto para mais um.

Fale um pouco mais sobre você...

Sou economista e advogado, tenho um escritório na cidade de Joinville-SC, fui professor universitário por vários anos, sempre gostei muito de ler. Tenho dois filhos e sempre os incentivei muito a ler, tanto que os dois possuem livros publicados.Creio que é isso.



Não sei vocês, mas eu sou uma fã desta ideia dele de doar o livro para as escolas. Quando estava no ensino fundamental II, a escola que eu estudava não tinha uma biblioteca muito boa, mas ainda assim foi lá que eu descobri que ler podia ser legal, então apoio muito isso, pois foi por uma biblioteca de escola que eu comecei a ler, apesar do meu verdadeiro vício ter surgido só mais pra frente, desta vez na biblioteca pública da cidade...kkkk
E obrigada Salustiano!