segunda-feira, 13 de maio de 2013

Preces e mentiras.

Feliz dia das mães atrasado!!! Ontem não consegui passar por aqui, mas vocês aceitam parabéns atrasado, não é?haha

Bethany era uma garotinha solitária e até um pouco incompreendida. Com três irmãs mais velha, ela sempre se via como alvo das maldades e revoltas de Tracy, a irmã mais próxima, em questão de idade.
Desta forma, Bethany conhece Reana Mae, uma prima que conhece quando está com sete anos durante uma das viagens da família (que mora em Indianópolis) para West Virginia, onde Reana Mae mora e encontra na menina a compreensão e a a oportunidade de ser uma criança despreocupada em livre.
Juntas, as duas começam a escrever as próprias histórias, independente da distância que as separam ou de todos os problemas que a família venha a passar. Elas eram melhores amigas. Ou até mesmo, irmãs, como Bethany costumava falar.
Porém a medida que elas vão crescendo, as coisas podem ficar um pouco mais complicadas, segredos de família podem ser revelados, as diferenças de convívio podem começar a aparecer, amores podem surgir, uma delas pode amadurecer mais rápido que a outra e elas terão que passar por tudo isso para manter aquela linda amizade de infância viva.


Realmente, escrever sobre esta história está sendo difícil, afinal eu passei boa parte da leitura sem saber exatamente sobre o que estava lendo. Veja bem, não é que o livro seja incoerente nem nada, mas fiquei esperando pelo momento que a história iria dar aquele "bum", que ia ter a "chave" que abriria as comportas e os segredos começariam a aparecer, as coisas começariam a acontecer de forma mais rápida e... Não teve.

Simplesmente a história é um relato da vida de Bethany, sem ter aquele pontapé inicial, e ela só vai acontecendo desde sua infância. Simples assim. Acho que foi esta simplicidade que agradou muitos por aí, mas comigo não deu certo, infelizmente. Eu realmente esperei pelo momento que finalmente ia pensar "Ah, sim, agora já tem um ponto de partida legal", e ele não apareceu, então passei muito tempo ainda procurando entender a lógica desta história.

Nela, acompanhamos a vida de Bethany e toda sua família em Indianópolis, as viagens para West Virginia, o contraste entre os dois locais, entre as duas formas de vida basicamente no campo e na cidade grande), os encontros e desencontros das amigas, a fé que move muitos personagens e os segredos que eles fazem questão de esconder, sem se dar ao trabalho de pensar que eles um dia iriam retornar. Com exceção de Tracy, que foi a responsável por dar um pouquinho de lógica e um ritmo mais interessante para boa parte do livro, não consegui gostar de todos os personagens, nem odiei todos eles. Eles eram simples e, principalmente Bethany, previsíveis.

O ritmo ditado pela Tracy, no entanto, não foi capaz de mover o livro inteiro e o verdadeiro ápice da história foi o final, que não deixou a desejar, apesar do começo e do desenrolar sem muita graça. A narrativa se tornou confusa em alguns momentos, principalmente na hora de separar cenários e como o livro abrange quatro gerações, eram nomes e personagens demais, acabei ficando confusa sobre quem era mãe de quem, quem era primo e por aí vai, mas apesar disso, ainda assim não é uma narrativa maçante. \o/ Só esperava mais do livro. Tanto da narrativa mais demarcada quanto da história mais bem construída. Não é um livro chato, mas achei meio sem sentido em diversos momentos.

A história dela e a minha se trançaram juntas de tal forma que, às vezes, eu me sentia como se estivesse assistindo a tudo de fora, como se ela é que estivesse vivendo minha vida. Às vezes, eu a odiava por isso. Mas, na maior parte do tempo, eu a amava. (Pág 18).

Editora: Novo Conceito.
História: 2/5.
Narrativa: 3/5.