sábado, 11 de maio de 2013

No limite da atração.

Gente, resenha nova para começar o final de semana super bem! *-*

Echo Emerson tinha boas notas, andava com os populares, era popular e tudo era normal na vida dela, mas as coisas começaram a mudar e antes que ela percebesse, nada mais era normal, tudo era estranho e esquisito.
Ninguém na escola sabe a verdade e nem mesmo ela lembra o que aconteceu naquela noite, mas a verdade é que agora ela tem várias cicatrizes marcando seu corpo, faz terapia,  passa bem longe de ser popular no colégio e por mais que ela se esforce, não consegue agradar nem mesmo ao seu pai.
Tudo na vida de Echo está errado.
O lindo Noah Hutchins também já teve uma vida normal e agora não tem mais. Porém, ao contrário de Echo, ele não tenta dar seu melhor. Ele simplesmente desistiu e agora anda por aí de jaqueta de couro, bebendo, se drogando, ficando com todas as garotas e cercado de confusão.
Tudo na vida de Noah está errado.
No meio de tantos erros o dois precisam superar os fantasmas do passado, crescer e preencher os vazios deixados em seus corações, mas será que eles estão dispostos e preparados para chegarem aos seus limites?


Eu chorei, sorri, me desesperei, fiquei revoltada com a autora por ter coragem de colocar os personagens dela em determinadas situações, quis poder abraçar e esconder a Echo e o Noah dos perigos e armadilhas da vida e me apaixonei por cada palavra deste livro. Não tem como não se conectar com esses dois adolescentes que mesmo novos já passaram por tantos problemas, tantas perdas e dores quando acompanhamos a história pelo ponto de vista dos dois, já que cada capítulo é narrado em primeira pessoa por um deles e eu não conseguiria escolher qual deles eu prefiro narrando, pois me apaixonei igualmente.

A falta da memória de Echo sobre o que aconteceu exatamente na noite em que as cicatrizes surgiram é agonizante. O modo como os outros alunos da escola a rejeitam é revoltante e a bolha que ela vai criando em volta de si, na tentativa de se proteger, de não machucar nem magoar mais ninguém é de cortar o coração. Enquanto isso, Noah tem o jeito dele para lidar com as dores e acompanha-lo é doloroso. Ele é aquele menino durão e perigoso que no fundo só precisa de carinho, atenção e amor.

Os dois são incríveis separadamente e de modos diferentes, mas quando colocados no mesmo lugar o resultado é sempre uma cena incrivelmente bem humorada ou extremamente tocante. Agora coloque tudo isso em uma narrativa simples e tranquila, sem alegorias e poucas metáforas, mas que consegue passar toda a emoção, a dor, a confusão e o medo sem deixar nada superficial. No limite da atração é exatamente assim.

Tudo isso em uma belíssima história que passa longe de ser água com açúcar, sem sal, sem graça e todos os derivados para histórias simples e sem profundidade. Esta é uma história sobre se perder, se encontrar, superar medos e perdas, aprender a escolher, lidar com as consequências e acima de tudo, amar a si mesmo.

PS: Eu tinha que dizer que a última vez que um livro mexeu tanto comigo ao ponto de me fazer realmente sonhar com ele ou seus personagens foi em 2011 quando li A hospedeira e No limite da atração fez isso comigo de novo. Eu sonhei com a Echo e com o Noah e acordei eternamente feliz por isso. *-*

PPS: Se este livro não fosse de parceria (e eu tinha sérios planos de comprá-lo) ele nunca seria resenhado aqui. É um daqueles que deixam sem palavras e só de olhar para a lombada, os olhos ficam marejados e a vontade de reler é quase incontrolável.
O pior tipo de choro não era o que todo mundo podia ver - os gemidos, as roupas rasgadas. Não, o pior tipo acontecia quando sua alma chorava e, não importava o que você fizesse, não havia consolo. Algo murchava e se tornava uma cicatriz na parte da alma que sobrevivia. Para pessoas como a Echo e eu, a alma tinha mais cicatrizes do que vida. (Pág 257).
Autora: Katie McGarry.
Editora: Verus.
História: 5/5.
Narrativa: 5/5.