sexta-feira, 17 de maio de 2013

72 Horas para morrer.

Decidi mudar um pouco o estilo da minha leitura e agora uma resenha que foge um pouco das que eu posto aqui, mas vamos lá...

Júlio Fontana é o delegado de uma cidadezinha chamada Novo Salto, é viúvo, tem uma filha chamada Laura, de 18 anos e namora com Agatha.
Tudo vai bem em sua vida até que o carro de Agatha é encontrado abandonado e ela está desaparecida.
Depois disso, tudo começa a tomar proporções inimagináveis, as coisas começam a ficar mais complicadas e ele descobre que um serial killer está atrás dele. Mas não querendo matá-lo. Pelo ao menos não no primeiro momento. E sim para se vingar dele, fazendo-o sofrer.
Conhecidos e amigos acabam aparecendo mortos e Julio sabe que precisa dar um fim nesta história antes que sua filha Laura seja a próxima vítima.
Agora resta descobrir quem está por trás dessa sucessão de assassinatos e, claro, o motivo da vingança.
Mas ele precisa ser rápido, muito rápido.


É normal uma pessoa achar um livro de suspense engraçado? Eu dei bastante risada com este livro. (?) Os personagens, apesar de serem meio chatinhos em alguns muitos momentos, principalmente a Laura (Ô menininha mimada e sem noção), tem um senso de resposta muito bom e as tiradas eram o máximo, sempre me percebia rindo de um ou outro e este foi o toque especial de toda a leitura. A graça e a leveza na hora de contar uma história não tão leve (e muito menos engraçada).

Cheguei a me assustar um pouco com algumas cenas, quando imaginava as coisas exatamente como o autor tinha colocado e fiquei um pouco apreensiva de acabar encontrando alguma cena forte demais (eu sou medrosa), mas isso não aconteceu e chego a arriscar que mesmo com alguns momentos mais tensos e com o título bem sugestivo do livro, ele não é tão aterrorizante quanto pensei inicialmente. *-* Claro que isso foi um ponto positivo, afinal eu tenho medo de livros fortes demais, e a narrativa rápida e divertida me fizeram repensar sobre ter passado tanto tempo sem ler nenhum suspense, já que é tão legal acompanhar o desenrolar do caso, mas quando cheguei no final da história eu lembrei o motivo de não ter lido nenhum livro do gênero nos últimos tempos: o final.

Sempre tem alguma coisa que me decepciona em finais desses livros. Sempre acho que o autor se prendeu muito em fazer uma trama cheia de reviravoltas, traições, mortes, corridas contra o tempo etc. e se esqueceu que em algum momento teria que finalizar tudo aquilo. E só lembrou no último minuto, então arrumou alguma explicação rápida e tudo certo. Mas eu não gosto disso, quero explicações plausíveis e bem trabalhadas. É raro encontrar um final que me agrade, e infelizmente com este livro aconteceu o mesmo.

Não que seja um final horrível ou totalmente sem sentido, só não condiz com o que eu esperava, com o que o livro tinha me passado o tempo todo. Foi um choque encontrar aquele final e realmente me decepcionei, mesmo achando que para muitos ele foi o final perfeito. Ainda recomendo o livro, pois a trama é toda cheia de reviravoltas e vale ser acompanhada, só acho que o final podia ser diferente.
Todas as pessoas respiravam segredos e transpiravam mentiras. Até as mais próximas de nós. Não por maldade, mas por ser algo intrínseco à natureza humana. (Pág 137).
Editora: Novo Século.
História: 3/5.
Narrativa: 4/5.