quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Minha vida indecisa.

Época de festas e todo mundo tem a vida um pouco tumultuada, não é? A minha está uma bagunça também, mas estou conseguindo levar, apesar de estar em uma ressaca literária sem tamanho. :(
Mas enfim, queria desejar Feliz Natal atrasado pra todo mundo e agradecer as recadinhos que recebi por comentário, twitter, facebook, skoob... Vocês são lindos e desejo muita felicidade para todos! *-*
Agora, a resenha.

Brookly Pierce, ou Bebê Brookly, só toma decisões erradas.Sua vida foi/é uma coleção de escolhas erradas e vergonhas múltiplas, e ela precisa, a todo custo, descobrir como mudar isso.Tudo o que Brookly faz, mesmo quando pensa estar fazendo a coisa certa, dá errado.Aos dois anos de idade ela correu atrás de um lagarto e caiu em uma mina abandonada, aos quinze incendiou a casa-protótipo da mãe e tem que prestar serviço comunitário em um asilo (principalmente cuidando da Sra Moody), além de em todo momento ser comparada com Izzie, sua irmã mais velha e perfeita.Sua vida é um caos e, para ajudar Shayne, que ela pensava ser sua melhor amiga, decide que não é útil manter a amizade com Brookly e a exila de todo o glamour de ser amiga da menina mais badalada da escola.E então Brookly, subitamente, já sabe o que fazer. Ela não pode mais tomar decisões em sua vida, pois definitivamente, sempre faz a escolha errada, então ela cria um blog para que as pessoas tomem as decisões para ela. Sim, isso mesmo. Desde se ela vai passar o intervalo na biblioteca ou no refeitório, até se ela irá a festa de inauguração da balada do pai do Hunter (o bad boy lindo por quem ela está interessada) ou se irá aceitar o convite de Brian (o escoteiro que a salvou de quase morrer engasgada) para participar do time de debate... Mas será que um monte de desconhecidos podem tomar todas as decisões de sua vida?
Eu me apaixonei por esse livro quando vi a capa... Sou doida por um mouse de coração como o da imagem, e depois de ler a sinopse, achei que devia ser bem engraçado, afinal, quem nunca tomou uma decisão errada? Se arrependeu amargamente depois, mesmo sabendo ser tarde demais? Teve que se virar com as consequências e prometeu nunca mais fazer algo do tipo, só para depois de um tempo, fazer outra besteira digna de arrependimentos eternos? Acreditei que iria me identificar com a personagem.

E não deu muito certo, apesar de ter gostado bastante do livro. Brookly é imatura e superficial demais... Fala sério, levantar uma hora antes do horário normal para passar maquiagem, escolher a roupa, passar creme, arrumar o cabelo... Para ir a escola. Como assim?! Gente, é só a escola, não uma festa com as estrelas de Hollywood! Fiquei revoltada quando li isso... Isso sem contar idiotices que ela fez quando estava na cara que ela ia se dar mal, por pura imaturidade. Mas frescuras e imaturidades a parte, as muitas confusões em que ela se mete são divertidíssimas e o Brian é um fofo... Mas já o Hunter, eu achei bem sem sal. =P

O tempo que a Brookly passa no serviço comunitário, principalmente cuidando da Sra Moody, é praticamente a melhor parte do livro, pois é lá que ela começa a aprender um pouco mais sobre a vida, sentimentos, escolhas e também a se preocupar com os outros além de si mesma. A narrativa é rápida e muito bem humorada, cheia de metáforas e comparações bobas, mas que colocam aquele sorriso sem noção no nosso rosto. Gostei bastante do livro, dei muita risada e recomendo, apesar de querer enganar a Brookly em boa parte da história.

Só uma pequena crítica, mas com relação à revisão. Não sou boa em inglês, mas pude perceber que a tradução não foi uma das melhores... Algumas falas ficaram meio confusas e os erros de digitação/revisão apareceram várias vezes, atrapalhando a leitura. =(
Afinal, veja aonde minhas escolhas haviam me levado até então: minha melhor amiga - ou quem eu achava que era minha melhor amiga - havia me deserdado, a escola inteira esqueceu que existo, estava de castigo até a velhice, estava prestes a ser forçada a fazer trabalho braçal no canteiro de obras da minha mãe e estava passando minha tarde de sábado lendo livros infantis para uma velha senil que sequer tem bom-senso o suficiente para saber que você não deveria comer as frutinhas misteriosas numa ilha habitada por vampiros! (Pág 56).
Autora: Jessica Brody.
Editora: Novo Século.
História: 3/5.
Narrativa: 4/5.