segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Garotas de vidro.

Comecinho de semana... Uma semana mais curta, né? Feriado!!!
E o melhor do feriado? A estréia de Amanhecer Parte 2, é claro!rsrsrs
Estou com o ingresso comprado e coração na mão, esperando o filme...
Mas agora vamos para a resenha!


Cassie morreu.
Ela era a melhor amiga de Lia... Desde pequenas sempre foram muito ligadas, mas durante os últimos tempos acabaram sendo separadas pois estavam indo para caminhos "errados"...
E agora ela morreu.
E ela ligou para Lia 33 vezes antes de morrer. Trinta e três vezes.
Quando mais novas, faziam de tudo juntas, se ajudavam e fizeram uma aposta sobre quem ficaria mais magra, sem imaginar que esse "jogo"  iria afetar e até mesmo decidir o futuro das duas.
Agora Lia não sabe o que fazer, afinal Cassie morreu, e ligou 33 vezes para ela antes.
E ela esta gorda, muito gorda. Não pode comer, mesmo que seu  organismo peça. Mesmo que seu pai, sua madrasta Jennifer, sua meio irmã mais nova Emma ou sua mãe mandem. Ela não pode comer, porque está gorda. E Cassie morreu.
E precisa ficar mais magra. E se livrar de todos os fantasmas que a assombram. E da morte de Cassie... Ou será que ela precisa só se livrar da anorexia?

Acharam a resenha repetitiva? Então, foi proposital. Para mostrar como o livro mais ou menos é.
Repetitivo e psicológico, é o que define este livro. Não é cheio de reviravoltas, a narrativa é bem parada e boa parte da história se passa na cabeça da Lia, e isso me irritou um pouco.

No começo tive grandes dificuldades em me concentrar na história... Me distraia por qualquer coisa e até pensei em pegar outro livro, mas como li muitas resenhas falando que o livro era muito bom, eu resisti e não abandonei a leitura. Valeu a pena ter resistido, pois depois da metade do livro, as coisas começaram a fazer sentido e eu me envolvi na história, mesmo não me entendendo nada com a Lia.

Podem me chamar de insensível e afins, mas sempre achei que Anorexia, Bulimia e coisas do gênero devem ser resolvidas com um bom choque de realidade, e foi o que me irritou muito no livro... A Lia estava se matando e ninguém fazia absolutamente nada a não ser falar: "Lia, você precisa comer." e "Lia, se você não engordar vamos te mandar para a clínica." E pra mim, o que faltava era pegar a menina pelo ombro, colocá-la na frente de um espelho, e mostrar a realidade dela: Ela estava se matando, matando a família e precisava parar com isso ou se matar de vez. Pode ser uma atitude radical demais? Pode. Mas também não é útil ficar só olhando sem tomar atitude nenhuma.

Sim, esta deve ser a realidade de muitas famílias por aí, que certamente vão se identificar com o livro e podem tirar alguma ideia de como reagir nessas circunstâncias, mas pra mim, faltou atitude por conta de todos os personagens.

Enfim, achei a história mais ou menos, a narrativa podia ser um pouco menos psicológica e as personagens não me agradaram, mas é um livro bom, que te faz pensar sobre como as pessoas são escravas do espelho e como se veem de forma distorcida.
Mãe versus pai. Pai versus mãe. Pai versus emprego da minha mãe. Mãe versus namoradas do meu pai. Paiemãe versus boletim da Lia, recitais da Lia, decisão da Lia de desistir de novo. Lia versus tudoetodomundo. (Pág 150).
Editora: Novo Conceito.
História: 3/5.
Narrativa: 4/5.