terça-feira, 4 de novembro de 2014

Correr ou morrer.

Estou tentando colocar as resenhas em dia, gente. Tem muita coisa atrasada, muita mesmo! Mas aos pouquinhos vou dando um jeito e estou aproveitando que tive alguns dias de folga no serviço... :D

Thomas sabe que se chama Thomas. Todo o resto ele desconhece.
Determinado dia ele acordou dentro de uma caixa de metal parecida com um elevador, mas aparentemente sem portas e quando essas aberturas apareceram foi só para complicar ainda mais sua situação.
Thomas foi retirado da Caixa e se percebeu em uma clareira, cercado por outros garotos aparentemente da sua idade, com roupas sujas e dizendo coisas estranhas como "trolho", "plong" e "mértila", fazendo com que as suspeitas do menino se confirmem: estar fora da Caixa é ainda pior do que dentro dela.
Thomas descobre que foi parar na Clareira, um lugar estranhamente cercado por muros aproximadamente 100 metros de altura, mas com algumas saídas, que acabam levando-o para um labirinto onde vivem criaturas estranhas chamadas Verdugos que não hesitam em matar qualquer um que esteja no labirinto durante a noite, depois das portas terem se fechado, porque sim, os muros se mexem e fecham as portas todas as noites, para abri-las novamente pela manhã.
Então ele começa uma busca desenfreada por uma maneira de escapar de tudo isso, mesmo sem saber se é possível ou se o que o espera do lado de fora é melhor ou pior do que a vida na Clareira...
Sinceramente, só descobri a existência deste livro quando fui ao cinema assistir A culpa é das estrelas e vi o trailer (super incrível) e apareceram aquelas palavrinhas mágicas "Baseado no livro Best Seller". Saí do cinema já procurando mais informações sobre o livro e já querendo o adquirir e foi então que comecei a me perguntar "Como assim? Como pode eu não ter notado este livro antes? Ele parece maravilhoso!" E até agora estou me perguntando isso, afinal já o li e isso só agravou o meu dilema. Como pude deixar passar batido um livro tão incrível, absurdo, hilário e intrigante? Em meio a avalanche de livros super parecidos, um com uma proposta tão ímpar deveria ter me cativado em algum momento, não é? Bom, ainda não me conformei por deixar passar tanto tempo sem o ler (eu podia ter pirado com a escolha do elenco do filme!), mas estou feliz por finalmente ter feito isso. :D

O motivo? Ok, vamos começar com o protagonista. Thomas é um tanto interessante. Ele não é aquele heroi em construção e sim um heroi já formado, mas que esqueceu disso (afinal ele perdeu a memória), então ser incrível é basicamente seu instinto, mas ele também é meio idiota, tomando atitudes impensadas e fazendo besteiras (sério, em alguns momentos eu ficava doida com ele), só que por mais estranho que pareça, essa idiotice o torna agradável. Acho que dá mais humanidade ao personagem, mostra que mesmo sendo o heroi da história, ele ainda é humano e suscetível a erros. :3 Tudo isso só me fez querer abraçar o garoto e não o soltar, mas a verdade é que eu queria mesmo era abraçar ele, o Newt e o Minho, pois os dois últimos, além de super importantes para a história, são completamente amáveis. Newt é mais seco e frio, enquanto Minho é mais extrovertido e sincero, mas eu adoro os três. O idiota, o frio e o extrovertido. :3

E, personagens humanos, diferentes e agradáveis à parte, existe o enredo, que é totalmente aleatório e alucinado. Sério, garotos saindo de dentro de uma Caixa para viverem confinados em uma Clareira cercada por um labirinto gigante de muros que se mexem?! Que raios é isso?! É curioso, intrigante e te faz pensar mil e uma coisas. Sim, o livro é cheio de reviravolta, tensão e absurdos; a adrenalina escorre pelas páginas, transformando tudo em algo ainda mais mirabolante, pouco provável e demasiadamente curioso, mesmo que no começo eu tenha ficado um pouco brava por me deparar com tanta confusões e poucas explicações. As coisas demoram um pouco para entrar nos eixos, muitas perguntas ficam sem respostas durante boa parte do livro e mesmo depois de terminar a leitura não temos conhecimento de muita coisa. Boa parte do mistério prevalesse para o próximo volume da série e ao mesmo tempo que isso é bom, também me deixou um pouco desapontada, pois esperava descobrir ao menos mais um pouco.

Só que quase esqueço que queria mais respostas, pois o final do livro é absurdamente bom! Ainda bem que comprei o Box completo, pois iria pirar se não tivesse o segundo por perto depois da última página de Correr ou Morrer. É algo totalmente inimaginável, perigoso e cheio de possibilidades (assim como o livro inteiro). Mas a verdade é que Correr ou Morrer é um livro totalmente inovador, diferente de todos os outros que já li, com uma proposta única e ótimo desenvolvimento. Possui sim seus absurdos, exageros e idiotice (boa parte por conta do protagonista), mas não deixa a desejar em nada. Te envolve e sequestra para dentro de um labirinto hilário e quando finalmente você vira a última página e se vê fora dele, sua vontade é voltar correndo para a Clareira e se manter ao lado dos personagens. Super recomendo, uma distopia maravilhosa!
Tinham lhe tirado a memória e o haviam colocado em um labirinto gigantesco. Era tão louco que até parecia engraçado. (Pág 30).
Trailer da adaptação:


Sobre o autor:


James Dashner nasceu na Georgia nos Estados Unidos e mora atualmente em Utah também é autor da serie The 13th Reality. Ainda não acredita que ganha por fazer o que mais gosta: escrever.

Outras obras dele:
Prova de fogo.
A cura mortal.
Ordem de extermínio.
Arquivos.

Outras informações:
Compare o preço: Buscapé.
Título: Correr ou  morrer.
Autor: James Dashner.
Editora: Verus.
História: 4/5.
Narrativa: 5/5.