terça-feira, 8 de julho de 2014

Caçadores de tesouros.

Voltei com resenha por aqui... Afinal estou com várias atrasadas! <o>


A Sra Kidd desapareceu, o Sr Kidd, alguns meses depois, também desapareceu. A família Kidd parece estar desaparecendo, se perdendo... Mas Tommy, Tempestade, Bick e Beck, os Kidds filhos, estão determinados a não deixar que a tradição da família se perca: encontrar tesouros naufragados.
A bordo do O Perdido, o navio da família, os quatro decidem encontrar o tesouro que o pai procurava quando desapareceu, mas para um adolescente, uma pré-adolescente e duas crianças, o mar é perigoso, as pessoas são mais perigosas ainda e não saber o que aconteceu com seus pais é ainda mais arriscado, pois os quatro não tem ideia de com o que estão lidando...
Mas esses jovens aventureiros não se importam com perigos, eles querem caçar tesouros e... seus pais!


Quando vi este livro pela primeira vez fiquei toda "MeuDeus,MaisUmLivroDoPatterson!EuPrecisoDele", pois não é segredo que o homem me conquistou com quase todos os livros que li dele (Sem contar Caçadores de tesouro, no total foram 7 livros e só não gostei de 1), mas agora que finalmente concluí a leitura estou encarando meu exemplar (que é lindo e de capa dura) sem saber muito bem o que pensar sobre ele, pois não é ruim, mas também não é o que estou acostumada a encontrar quando existe o nome "James Patterson" na capa. Acho que é bom. Só bom.

Tommy, Bick e Beck são personagens sem graça e, no geral, bastante incoerentes. São incompatíveis com a imagem que os autores tentaram passar de cada um deles. Desde as primeiras páginas Tommy é chamado de Cabeça de vento, mas não entendi a referencia, pois ele não fez nada muito estúpido durante o livro inteiro; Bick e Beck são gêmeos e possuem uma mania de "Tagarelice dos gêmeos" onde originalmente discutem algum assunto por um tempo, mas na verdade só encontrei conversas normais entre eles, até mesmo quando Bick (o responsável por narrar a história) avisava que o próximo diálogo seria uma das "Tagarelices". Ou seja... Não vi lógica nesses três personagens. Tempestade é a única criança Kidd que dá para entender. Ela é descrita com uma super-memória e realmente prova isso durante a história.

Outra coisa que me incomodou foi a história em si, que não parece evoluir nunca. Sabe o típico "nada, nada e morre na areia"? Pois é. Li, li, li e não vi a história avançar. As coisas são paradas demais, as informações são acrescentadas sem muita coerência entre si e não achei que as pontas foram amarradas ao final. Ok, é uma série e este é só o primeiro livro, mas resolver um ou outro enigma faz parte, não faz? Deixar tudo para depois me deixa com a sensação de que fui enganada, pois li e não obtive a recompensa merecida: explicações. O que encontrei foi enrolação e simplicidade demais, até mesmo para livros infantis, que são mais simples. Já li outra obra infantil do mesmo autor e que supera esta de forma inacreditável.

Mas não detestei o livro (só achei necessário explicar os pontos negativos que encontrei nele). A ideia inicial é boa, o vocabulário usado é característico da faixa etária da obra, as ilustrações são de outro mundo (Como faz para desenhar assim? São desenhos maravilhosos!), alguns acontecimentos são realmente interessantes e o livro despertou em mim a vontade de poder ajudar as crianças a encontrarem os pais e se organizarem novamente. Quis poder ajuda-los e isso eu sempre levo muito em conta em minhas leituras: meu envolvimento com a história. Não foi um super envolvimento, mas o bastante para me fazer não detestar o livro. :p Então o recomendo para quem gosta de livros simples, mas ainda assim deixo o "alerta" para não irem com muita sede ao pote, como eu, e acabarem se decepcionando...
Quando ameaçados, não temos medo dos adultos e zero interesse em obedecer às regras da chamada sociedade deles. (Pág 205)
Editora: Novo Conceito.
História: 2/5.
Narrativa: 4/5.