terça-feira, 4 de março de 2014

Tentação sem limites.

Ai, que saudade de resenhar, gente! O tempo anda bem corrido, então fazer as resenhas anda sendo uma tarefa complicada, mas eu amo muito isso, então deixo passar algumas horinhas do meu sono e corro para o computador!
Ah, mas antes da resenha, quero dizer que tem promoção nova na página do blog no Facebook.

Blaire Wynn já havia tido o seu mundo abalado uma vez, conseguiu se estabelecer novamente e de repente tudo estava de pernas para o ar uma segunda vez, mas então Rush entrou em sua vida e a fez acreditar que as coisas podiam estar voltando aos seus devidos lugares, o problema foi que o segredo que ele guardava fez tudo voltar para os ares, desta vez ainda mais bagunçado e destruído, fazendo Blaire perder o chão pela terceira vez em pouco tempo.
Suas esperanças de uma vida mais simples e menos dolorosa estão se esvaindo com uma velocidade muito grande.
Rush, por sua vez, também não tem mais chão e quase não tem mais uma vida, pois tudo aquilo que ele conhecia antes de encontrar Blaire de repente parece fútil e desinteressante ao extremo, o vazio em seu coração parece querer sufocá-lo e nada tem muita importância.
E o destino, cruel e traiçoeiro, faz com que Blaire seja forçada a voltar para Rosemary, os dois se encontrem novamente e Rush decide usar esta oportunidade para provar que é digno da confiança da garota que ele ama. Mas as circunstâncias agora são diferentes e tudo pode ficar ainda mais difícil para os dois...


Lembram da postagem que fiz aqui no blog falando sobre livros incríveis que possuem uma continuação nada a ver? (postagem aqui). Então, acho que este livro se encaixa nesta categoria. Não foi uma leitura ruim, mas chegou bem perto disso, infelizmente. Quando terminei a leitura de Paixão sem limites (resenha) eu estava com o coração estraçalhado e ele ainda está assim. Minha vontade é perguntar para a autora o que se passava na cabeça dela quando escreveu esta continuação e se ela conhecia a protagonista mesmo, porque a impressão que eu tive foi que estava lendo uma história de outra pessoa, não da Blaire que eu conhecia e amava.

Quase não reconheci a garota. Toda a independência e determinação que existiam nela foram substituídas por incertezas, inseguranças e crises de choro. O diferencial que existia na protagonista desapareceu e ela passou a ser mais uma mocinha songamonga que só sabe chorar e se achar inferior. Fiquei com tanta raiva que quase chorei também. Estou indignada, vocês não tem ideia! A minha sorte foi o Rush, por quem eu já estava apaixonada há um tempo, e que fez o favor de manter a história em movimento e tomar todas as atitudes, sem deixar a moleza de Blaire afetar demais meu sistema nervoso. Outra sorte foi o livro ser narrado por Rush também, ao contrário do primeiro, onde só Blaire tinha voz ativa. Ainda bem que foi assim, porque não sei se conseguiria lidar com quase 200 páginas no ponto de vista daquela criança chorona e carente. Rush, novamente, salvou o livro.

Outra coisa que me incomodou foi o rumo que a autora decidiu percorrer com a história. A chave de tudo é realmente muito boa e poderia render um segundo livro ainda melhor que o primeiro, mas a autora decidiu enfraquecer demais a Blaire, que fez escolhas ridículas e deixou a história enrolada e sem emoção. Já perto do final, quando pensei que a autora tinha decidido fazer algo para salvar o livro e estava começando a me animar novamente, a autora apareceu com novas informações que foram um belo balde de água gelada em minha cabeça. A história inteira foi para a lama novamente e eu quis chorar outra vez, sem querer acreditar no que estava acontecendo. A história linda e incrível que tinha entrado para a minha lista de favoritas estava se transformando em um drama mexicano de péssima qualidade e isso me desanimou muito.

O bom de tudo é que agora já vou ler o terceiro (e último) sem grandes expectativas. Pela forma que este segundo terminou consigo imaginar um bom final para a história, mas eu também conseguia imaginar uma boa continuação depois do primeiro e não foi o que encontrei, então é melhor não ir esperando muito mesmo. E olhem, eu gostei do final do livro. Gostei de verdade. Até fechei o livro sorrindo. O triste foi o caminho até aquele desfecho. E eu ainda gosto da narrativa da Abbi Glines, mesmo que ela tenha ficado cansativa quando estava no ponto de vista de Blaire. Abbi narra com facilidade e desenvoltura, de uma forma viciante e sem muito pudor. *-* Então, por fim, minhas conclusões sobre o livro são as seguintes: não é péssimo, mas podia ter sido infinitamente melhor, me decepcionei bastante e me apaixonei ainda mais por Rush. Indico para quem foi conquistado pelo primeiro livro, mas não crie muitas expectativas, ok?
Ninguém vivia um conto de fadas. Muito menos eu. (Pág 139).

Autora: Abbi Glines.
Editora: Arqueiro.
História: 2/5.
Narrativa: 4/5.