Gente, nem bem comecei a trabalhar, já estou notando a falta de tempo para ler. Demorei séculos para terminar este livro. :(
Mas terminei, e agora, a resenha!
Lizzie Nichols acabou de se formar em História da Moda, mas não sabe muito bem o que fazer agora, afinal, onde se trabalha alguém formado em História da Moda?!Bom, de qualquer forma, ela está saindo de Ann Arbor e indo passar um tempo em Londres com o namorado que mora lá, então vai deixar as questões sobre o futuro para o futuro mesmo.Ela só não contava que antes de sair de casa fosse descobrir que não está exatamente formada na faculdade. Ao menos não até ela entregar algo chamado “monografia” e que ela não tem noção de como fazer. Para piorar, ao finalmente chegar em Londres, Lizzie descobre que o namorado não é bem como ela se lembrava e termina com ele. Só que não pode voltar para casa, afinal seria vergonhoso ter que admitir que foi impulsiva e imprudente ao atravessar o mundo por um homem.Determinada e um pouco em pânico ela então atravessa o Canal da Mancha e vai para a França, onde sua amiga Shari está passando as férias trabalhando em um castelo onde se realizam casamentos chiques. E lá ela faz o favor de se apaixonar por Luke, o anfitrião bonito, inteligente e que tem Dominique, a namorada, a tiracolo.O que a doce e ingênua Lizzie vai fazer agora? E como irá controlar sua boca grande que sempre estraga tudo ao dizer o que não deve?
Constantemente
me pego dizendo/escrevendo que Meg Cabot é diva, vocês já devem ter percebido,
não é? Então, quando digo isso, não quero dizer que o que ela escreve é
perfeito (afinal a mulher é humana e também comete alguns deslizes), e sim que
ela sempre cumpre com o que se propõe a fazer, seja divertir, angustiar,
distrair, arrancar risadas, causar empatia etc. Ela decide que vai fazer algo e
simplesmente faz. Este livro é mais um exemplo desta determinação que poucos
autores tem: Meg tinha a intenção de deixar a vida do leitor mais leve durante
a leitura e conseguiu.
A
história de Lizzie pode parecer um pouco absurda, afinal a menina viajou o
mundo por um homem, mas quantas loucuras assim já não encontramos em nossa vida
de bookaholic? E no final todas não rendem boas risadas? Não que em A rainha da
fofoca tenhamos ataques de risos histéricos, dores abdominais e falta de ar,
simplesmente mantemos um sorriso nos lábios enquanto Lizzie vai falando,
falando, falando e falando, cada vez mais se complicando e aumentando seus
problemas. Mas o mais interessante é que ela não faz isso por maldade. As
coisas simplesmente escapam enquanto ela pensa estar fazendo o certo, ajudando
as pessoas e se expressando mais do que devia.
Lizzie
é uma mulher inteligente, mas ingênua, cheia de sonhos e um tanto pé-no-chão,
infantil ao ponto de fazer várias burradas e adulta o bastante para assumir a
culpa por seus erros e tomar atitude para resolver o problema. Uma mulher que
me conquistou no momento em que deixou aflorar seu amor por moda, roupas e
sapatos e não se tornou fútil, como geralmente acontece com protagonistas
apaixonadas por moda. Ela é autêntica e engraçada, assim como Luke, sua nova
paixão impossível, que é um homem um tanto estereotipado (lindo, inteligente,
rico e sensual), mas nada cansativo.
Gostei
do modo como a autora conduziu a história, os caminhos que a protagonista
percorreu, as diversas pessoas que ela encontra durante sua temporada no
castelo e do desfecho que a autora deu para tudo. Não ficaram pontas soltas,
mas também não encerrou a história ao ponto de me deixar em dúvida sobre a
qualidade de sua continuação. Desta vez a narrativa foi feita em primeira
pessoa pela própria Lizzie (acho que isso explica como consegui me aproximar
bastante dela) e não deixou a desejar em nada, então o que posso dizer sobre
este livro é que ele é incrivelmente simples, leve e divertido. Perfeito para
passar o tempo, esquecer os problemas e se entregar em uma viagem um tanto
atrapalhada para um belo castelo francês!
- Você está na França, Lizzie. O que esperava?
Não estes castelos à vista, para qualquer um que passa de trem ver. Não este pôr-do-sol de tirar o fôlego, enchendo nosso vagão com sua luz rosada. Não este homem perfeitamente gentil, perfeitamente adorável, sentado aqui ao meu lado.- Não isso. – murmuro – Não isso. (Pág 188).
Título: A rainha da fofoca.
Autora: Meg Cabot.
Editora: Galera Record.
História: 5/5.
Narrativa: 5/5.