segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A rainha da fofoca.

Gente, nem bem comecei a trabalhar, já estou notando a falta de tempo para ler. Demorei séculos para terminar este livro. :(
Mas terminei, e agora, a resenha!

Lizzie Nichols acabou de se formar em História da Moda, mas não sabe muito bem o que fazer agora, afinal, onde se trabalha alguém formado em História da Moda?!
Bom, de qualquer forma, ela está saindo de Ann Arbor e indo passar um tempo em Londres com o namorado que mora lá, então vai deixar as questões sobre o futuro para o futuro mesmo.
Ela só não contava que antes de sair de casa fosse descobrir que não está exatamente formada na faculdade. Ao menos não até ela entregar algo chamado “monografia” e que ela não tem noção de como fazer. Para piorar, ao finalmente chegar em Londres, Lizzie descobre que o namorado não é bem como ela se lembrava e termina com ele. Só que não pode voltar para casa, afinal seria vergonhoso ter que admitir que foi impulsiva e imprudente ao atravessar o mundo por um homem.
Determinada e um pouco em pânico ela então atravessa o Canal da Mancha e vai para a França, onde sua amiga Shari está passando as férias trabalhando em um castelo onde se realizam casamentos chiques. E lá ela faz o favor de se apaixonar por Luke, o anfitrião bonito, inteligente e que tem Dominique, a namorada, a tiracolo.
O que a doce e ingênua Lizzie vai fazer agora? E como irá controlar sua boca grande que sempre estraga tudo ao dizer o que não deve?


Constantemente me pego dizendo/escrevendo que Meg Cabot é diva, vocês já devem ter percebido, não é? Então, quando digo isso, não quero dizer que o que ela escreve é perfeito (afinal a mulher é humana e também comete alguns deslizes), e sim que ela sempre cumpre com o que se propõe a fazer, seja divertir, angustiar, distrair, arrancar risadas, causar empatia etc. Ela decide que vai fazer algo e simplesmente faz. Este livro é mais um exemplo desta determinação que poucos autores tem: Meg tinha a intenção de deixar a vida do leitor mais leve durante a leitura e conseguiu.

A história de Lizzie pode parecer um pouco absurda, afinal a menina viajou o mundo por um homem, mas quantas loucuras assim já não encontramos em nossa vida de bookaholic? E no final todas não rendem boas risadas? Não que em A rainha da fofoca tenhamos ataques de risos histéricos, dores abdominais e falta de ar, simplesmente mantemos um sorriso nos lábios enquanto Lizzie vai falando, falando, falando e falando, cada vez mais se complicando e aumentando seus problemas. Mas o mais interessante é que ela não faz isso por maldade. As coisas simplesmente escapam enquanto ela pensa estar fazendo o certo, ajudando as pessoas e se expressando mais do que devia.

Lizzie é uma mulher inteligente, mas ingênua, cheia de sonhos e um tanto pé-no-chão, infantil ao ponto de fazer várias burradas e adulta o bastante para assumir a culpa por seus erros e tomar atitude para resolver o problema. Uma mulher que me conquistou no momento em que deixou aflorar seu amor por moda, roupas e sapatos e não se tornou fútil, como geralmente acontece com protagonistas apaixonadas por moda. Ela é autêntica e engraçada, assim como Luke, sua nova paixão impossível, que é um homem um tanto estereotipado (lindo, inteligente, rico e sensual), mas nada cansativo.

Gostei do modo como a autora conduziu a história, os caminhos que a protagonista percorreu, as diversas pessoas que ela encontra durante sua temporada no castelo e do desfecho que a autora deu para tudo. Não ficaram pontas soltas, mas também não encerrou a história ao ponto de me deixar em dúvida sobre a qualidade de sua continuação. Desta vez a narrativa foi feita em primeira pessoa pela própria Lizzie (acho que isso explica como consegui me aproximar bastante dela) e não deixou a desejar em nada, então o que posso dizer sobre este livro é que ele é incrivelmente simples, leve e divertido. Perfeito para passar o tempo, esquecer os problemas e se entregar em uma viagem um tanto atrapalhada para um belo castelo francês!

- Você está na França, Lizzie. O que esperava?

Não estes castelos à vista, para qualquer um que passa de trem ver. Não este pôr-do-sol de tirar o fôlego, enchendo nosso vagão com sua luz rosada. Não este homem perfeitamente gentil, perfeitamente adorável, sentado aqui ao meu lado.
- Não isso. – murmuro – Não isso. (Pág 188).

Autora: Meg Cabot.
Editora: Galera Record.
História: 5/5.
Narrativa: 5/5.