quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O Dom.

Resenha da continuação de Bruxos e Bruxas! E não contém spoiler!


With e Wisty agora sabem que são mesmos bruxos, porém isso não ajuda muita coisa quando se trata de não se meter em confusão ou conseguir livrar o mundo das garras do Único e da Nova Ordem.
Ainda fugindo, se escondendo e quase sendo capturados, os irmãos agora tem que enfrentar mais um desafio: o Dom de Wisty.
O Único quer o Dom dela e ela sequer sabe qual ele é, muito mesmo como controlá-lo, e um Dom tão poderoso quanto este, quando descontrolado pode ser ainda pior do que se imagina...




Antes de mais nada, quero deixar claro que eu gostei do primeiro livro desta série (resenha aqui). Gostei mesmo. E achei que ia gostar da continuação também e pode ser até que isso aconteça com quem já tinha se rendido aos encantos de With e Wisty anteriormente, mas eu, infelizmente, estava errada. Quando resenhei Bruxos e Bruxas eu comentei sobre não ter entendido muito sobre a tal da Nova Ordem ou sobre seu idealizador, lembram? Pois bem, neste segundo livro eu entendi menos ainda. O Único quer o Dom de Wisty. Legal, e aí? Ele quer por quê? Para quê? Como ele pretende pegá-lo? Como ele vai usá-lo? E, afinal, que raio de Dom é esse?! Me fiz todas essas perguntas durante a leitura (e nem todas foram respondidas!) ao mesmo tempo em que minha indignação com os personagens crescia de forma desagradável.

Durante o primeiro livro With e Wisty cresceram um pouco e isso foi muito bom. Eles eram apenas dois adolescentes inocentes perdidos em um mundo devastado e entendi as brincadeiras e piadinhas como uma forma de manter a sanidade em meio a tantas catástrofes de uma vez só. Tudo perfeito até aí. O problema foi que neste segundo livro eles não amadureceram nada e parecem ter retrocedido de "adolescentes sarcásticos" para "crianças inconsequentes".

As atitudes de With e Wisty são incoerentes, inconstantes e infantis. Eles não sabem o que estão fazendo e o pior: não pensam antes de fazer. Principalmente With com sua fixação pela ex-namorada. Em alguns momentos ele tem surtos de super heroi e eu entendo isso, pois faria o mesmo pelo meu irmão, mas suas boas atitudes se resumem a isso e Wisty se dedica a fazer idiotices em tempo integral, então sem outros comentários para ela. E de besteira em besteira... A história não anda. Senti que o livro começou e terminou no mesmo ponto como se o tempo todo o autor estivesse me fazendo de boba enquanto me conduzia por uma história sem lógica em um cenário inimaginável e com personagens intragáveis.

Realmente não esperava me decepcionar tanto com alguma obra do Patterson, um autor que já me encantou tanto com outras histórias, mas infelizmente foi o que aconteceu, sendo que o único aspecto não tão desagradável foi a narrativa, que apesar de infantilizada demais ainda consegue manter um ritmo interessante e fazer as páginas virarem rápido. E agora, só me resta esperar que o terceiro livro faça a história evoluir, os personagens amadurecerem e não me faça desistir da série... :(
Às vezes, é um porre ter de mostrar essa coragem inabalável. (Pág 115).

Título: O Dom.
Editora: Novo Conceito.
História: 1/5.
Narrativa: 3/5.