quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Fazendo meu filme. Fani na terra da rainha.

Finalmente criei coragem para ler o segundo livro de Fazendo meu filme, então vamos para a resenha? O primeiro já foi resenhado aqui.

PS: Pode conter spoiler sobre o primeiro livro.

Fani foi para a Inglaterra.
E ficar lá é uma história completamente diferente.
Sem a família, sem as amigas e sem o recém descoberto amor de sua vida (Leo, seu melhor amigo), Fani está de inconsolável e de coração partido pela terra da rainha, mas parece que voltar para o Brasil também não resolverá seus problemas, afinal de longe ela está percebendo que as coisas estão mudando por aqui e já não sabe mais onde tem que ficar.
O que ela sabe (ou melhor, sua mãe colocou em sua cabeça) é que ela precisa viver este tempo de intercâmbio com o máximo de intensidade possível, pois é realmente uma oportunidade única e não deve desperdiçar...



Este segundo livro provou, mais uma vez, o motivo de tanto alarde em volta da Paula Pimenta e de sua série ser tão famosa. Gostei mais deste volume do que do anterior, mesmo já tendo sido conquistada com o primeiro. E tive um certo medo de reencontrar Fani, pois não é novidade para ninguém que ela é uma protagonista que me estressa até o último minuto e durante boa parte do livro eu queria entrar na história e dar umas sacudidas nela, de novo. Sim, ela cresceu com relação ao primeiro, mas ainda está longe de ser uma garota que me conquiste, pois não entendo como a mente dela funciona, não mesmo.

Meu pânico maior era o seguinte: no primeiro livro, quando ela estava rodeada de gente amada e conhecida, ela chorou quase o tempo inteiro, então imaginem o escândalo que a garota iria aprontar agora, tão longe de casa e sozinha? Claro, ela chorou. Chorou mais um pouco, depois de novo e fez besteiras e chorou mais e depois ainda repetiu a dose, porém ainda assim eu meio que esperava mais lágrimas e fiquei feliz por não ter encontrado. Ela ainda não me agrada, mas subiu um pouco no meu conceito. Outra personagem que me despertou antipatia logo no começo foi a mãe dela, que eu até ignorava um pouco no primeiro, mas no segundo eu passei a quase detestá-la por ser fútil. Acredito que quem ler vai entender isso, pois ela não esconde que está constantemente preocupada com o que os outros irão pensar sobre ela e sua família. Argh, mulher chata! :p

Agora, Fani e sua mãe à parte, os outros personagens continuam uns amores, principalmente Leo (esse menino não existe, tenho certeza!) e Alberto, irmão mais velho de Fani, que recebe um pouco mais de destaque e me conquistou de cara. As amigas de Fani também continuam demais, mas o destaque neste livro é para a Priscila, que apesar de não aparecer toda hora, só aparece com notícias importantes e é essencial para manter as coisas no ritmo.

A história em si me pareceu muito uma repetição do primeiro (muita coisa parecida entre um e outro), só trocando o cenário (tchau Brasil e olá Inglaterra!), mas isso não deixa o livro repetitivo, pois existem novos personagens e eles dão certa mobilidade a tudo, além disso, a narrativa da Paula continua gostosa, leve e tão jovem que faz as páginas virarem muito rápido e a leitura flui com naturalidade, então aqui estou eu dizendo que realmente a série Fazendo meu filme vale a pena e minha única frustração é realmente não achar conexão alguma com a protagonista e, em diversas vezes, querer jogar o livro longe para ver se alguma coisa muda na garota e ela passe a me agradar. :D

Nos filmes, os atos dos personagens sempre são perdoados, os mal-entendidos só servem pra causar suspense e deixar tudo mais bonito no final. Porém, na vida, um simples ato sem pensar, pode fazer com que não haja final. Pode fazer com que um filme de romance, vire uma trama de terror. (Pág 71).


Editora: Gutenberg.
História: 4/5.
Narrativa: 4/5.