domingo, 21 de abril de 2013

Uma curva na estrada.

Passando por aqui só para deixar resenha nova... *-*

Miles e Missy namoraram durante o ensino médio, quando ele foi para a faculdade, os dois continuaram juntos apesar da distância até que um ano mais tarde ela terminou o ensino médio e foi também. Depois disso os dois não se separaram mais. Continuaram o namoro, casaram e tiveram Jonah.
Até que um dia Missy saiu para correr e foi atropelada, deixando para Miles a responsabilidade de cuidar sozinho de Jonah, na época com 5 anos além de seguir com a vida sem a pessoa que sempre amou ao lado.
Miles, mesmo sendo subxerife e fazendo uma investigação particular, não consegue descobrir quem dirigia o carro que tirou a vida de Missy e isso o atormenta constantemente.
Mas tudo parece mudar quando Sarah entra em sua vida. Ela é a professora nova de Jonah e está disposta a ajudar o menino, agora com 7 anos, a lidar com as dificuldades encontradas na escola e acaba se aproximando cada vez mais de seu pai também.
Parece que finalmente Miles está pronto para recomeçar sua história, agora ao lado de Sarah, só que ele não imaginava que o passado pudesse influenciar tanto em sua vida.


Este livro foi o que mais me agradou do Sparks recentemente. Foi o que mais se desprendeu dos padrões criados pelo autor e durante a leitura acabei me lembrando bastante dos primeiros livros dele que li. Talvez pela riqueza dos sentimentos, dos detalhes que compõem o cenário paradisíaco que dá fundo à história, as falas bem articuladas ou a delicadeza na hora de compor a trama, sem deixar todas as coisas para se resolverem na última página ao mesmo tempo que mantém um certo suspense e um aperto no coração... Só sei que o livro me agradou muito, e grande parte disso foi pelos personagens.

Sempre gostei dos personagens do Nicholas por serem imperfeitos e desta vez não foi diferente, mas a dor e o modo como Miles reage a ela me tocou muito e mesmo que não tenha passado por nada parecido na minha vida real, eu pude sentir a perda e cada vez que ele tentava ser forte pelo filho, eu ficava mais e mais emocionada e sorria de forma boba quando percebia o embaraço dele com relação a Sarah no começo do relacionamento. Depois de tanto tempo vivendo em sua própria bolha, foi uma novidade e tanto que alguém conseguisse ultrapassa-la e ele não sabia muito bem como lidar com ela, que por sua vez, me agradou por ser compreensiva, forte e inteligente, porém acho que Jonah, com toda a sua inocência, foi o personagem que mais me fez chorar. Ele tornava tudo tão simples, falava as coisas tão bonitas e só me fazia pensar em como era injusto que uma criança tão maravilhosa quanto ele tivesse perdido a mãe de forma tão drástica e tão cedo.

E sim, eu chorei. Depois de tanto tempo sem que Nicholas conseguisse me tirar lágrimas, desta vez ele conseguiu; mostrando como o destino pode ser cruel com as pessoas, principalmente as pessoas boas e inocentes, como em alguns momentos é preciso parar e refletir, tentar manter a calma, raciocinar antes de agir e entender que nem sempre teremos o que desejamos.

Sim, coisas simples que todos nós sabemos ser o certo, mas geralmente não colocamos em prática, mas neste livro, nesta história, os personagens não tem opção. Todos tem que crescer, aprender, sofrer, descobrir, perdoar e aceitar. Até agora estou perdida na história de Miles, Missy, Jonah e Sarah e não tenho certeza se vou conseguir sair dela tão cedo, mas sei que cada página virada e palavra lida vão ficar marcados em mim e sempre que lembrar de Jonah, vou sentir um aperto muito grande no peito.
Havia algo em seus olhos e em seu jeito de falar que refletia os desafios que enfrentara ao longo dos dois últimos anos, algo que ela própria também enxergava ao se olhar no espelho. (Pág 104).

Editora: Arqueiro.
História: 5/5.
Narrativa: 5/5.