segunda-feira, 15 de abril de 2013

Agridoce.

Demorou, mas a resenha saiu! Queria ter colocado no ar mais cedo, mas estou com uma gripe terrível de novo, e não consegui. :(

Anya perdeu a mãe quando ainda era muito pequena e passou a ser o grande tesouro de Edgar, seu pai... Agora ela é uma adolescente normal que passa seus dias dentro de casa e a noite cursa Gastronomia na Universidade Federal. Ela passa seu tempo em casa e não sai ao sol, pois tem a mesma doença que sua falecida mãe: alergia ao sol. Assim, ela só sai de casa de noite.
Mas uma noite, quando esta andando pela praia, Anya é fortemente atraída por um aroma agridoce. Não descobrindo de onde vem o tentador aroma, ela vai embora, porém no dia seguinte ela é atingida pelo cheiro novamente e descobre de onde ele vem. De um belo banhista.
Sem pensar, Anya vai em sua direção e acaba mordendo seu pescoço.
Ela não sabia, mas no momento em que mordeu o banhista, despertou uma nova necessidade em sua vida, a necessidade de sangue, pois além de ter herdado de sua mãe a alergia ao sol, ela herdou também uma outra coisa. Muito mais sombria e, assim como a alergia, sem tratamento, mas que a aproxima ainda mais de Ivan, conhece Daniel, Rafael e muitos outros... Alguns não tão amigos assim.


Demorei para pegar o ritmo, eram coisas demais, personagens demais, nomes demais, tudo demais e eu ficava perdida e cansada, mas ao mesmo tempo isso me deixava com a impressão que a história tinha potencial e eu queria continuar. Ainda bem que continuei, pois depois de chegar mais ou menos na página 100 a história me ganhou e não me importava mais com nomes e personagens que apareciam a todo momento, já estava até habituada com esta explosão de novas ideias que acontecia a cada página e realmente, a história tem potencial.

A narrativa é um pouco confusa, principalmente no início, mudando de personagem e cenário a todo momento, mas acabei me acostumando e logo estava sofrendo junto com a Anya (nome diferente, não é? Adorei ele!), apegada ao Daniel e ao Rafael, torcendo para um final feliz e acompanhando os empecilhos com raiva e morrendo de vontade de dizer logo para os personagens onde estavam errando, o que estava acontecendo em outro lugar e coisas assim, eu queria ser a fofoqueira da história!

Queria a todo momento contar para a Anya que ela estava me irritando com a mania de não aceitar muito bem que ela era uma vampira, que o Daniel era um lindo, que o pai dela me irritava, que o Ivan me fez rir muito e que não sabia muita coisa sobre o Rafael, mas o pouco que sabia me deixava confusa, pois ele me pareceu a "chave" da história toda, já que a autora criou uma certa mitologia para sustentar toda a trama. E apesar de não ter entendido muito bem sobre esta mitologia (de onde exatamente surgem os vampiros dessa história eu ainda não descobri), eu gostei. Vi que já tem o segundo livro, espero que nele seja mais explorada esta questão. ;p

O ponto alto do livro com certeza é esta nova concepção do Vampiro, de descobrir aos poucos seus poderes, suas facilidades e seus problemas, mas esperava que não fosse tão difícil assim descobrir tudo isso. O livro é bem introdutório, acredito que o segundo vá trabalhar esta questão também. Enfim, Agridoce tem uma história nova, boa, instigante, meio complexa, divertida e os pontos negativos são a narrativa um pouco confusa no começo e o fato de deixar muita coisa para acontecer no segundo volume. Tirou a graça maior do livro.


Aquela reviravolta em sua vida parecia ter levantado uma "poeira" há muito escondida debaixo do tapete. (Pág 148).
Título: Agridoce.
Editora: MODO.
História: 4/5.
Narrativa: 3/5.