terça-feira, 26 de março de 2013

Qual seu número?

Resenha nova... *-*


Dalilah Darling está chegando aos trinta anos e depois de ler um artigo no jornal dizendo que a média de homens na vida de uma mulher antes que ela encontre seu verdadeiro amor é de 10,5 e que depois de atingido este número as chances do tão sonhado final feliz são menores, perde um pouco a noção das coisas.
Ela já se relacionou com 19 homens diferentes!
Decidida a não aumentar este número, ela coloca na cabeça que só irá se relacionar agora com quem realmente valer a pena, o homem dos seus sonhos. E ela irá encontrá-lo.
Infelizmente, depois de uma demissão em massa, ela acaba sendo demitida também e para distrair a mente, acaba saindo com o resto do pessoal do antigo serviço e acorda no outro dia desesperada, pois está em um quarto desconhecido.
Sim, ela chegou ao seu temido vigésimo homem e definitivamente não quer passar o resto de sua vida ao lado dele, seu ex-chefe.
Como já chegou ao seu limite autoimposto, Dalilah tem a brilhante ideia de sair procurando entre seus antigos ex-namorados, aquele que vai passar o resto da vida com ela, afinal as pessoas mudam e pode ter acontecido de algum deles ter mudado para melhor.
Para encontrar todos os seus exs ela conta com a ajuda do vizinho Colin, um homem de pernas e abdômen lindos, que descobre a localização de cada um deles.
Porém Dalilah ainda vai descobrir que os números não são assim tão importantes e que às vezes o cara certo pode estar mais perto do que se imagina...



Tá, logo pela sinopse do livro já dá para ter uma ideia de quanto a protagonista Dalilah não bate muito bem das ideias, não é? Pois bem, durante a leitura do livro você descobre que ela é ainda mais pirada do que você imaginava. Aconteceu isso comigo, por isso digo: Dalilah é a típica personagem que você ama ou odeia. Com ela não existe meio termo.

No meu caso, eu amei. A maneira fora do normal que ela vê as coisas, as trapalhadas, a impulsividade, o TDAH... Tudo isso compõe uma mulher que tenta ao máximo ser forte, fria e durona, mas que no fundo precisa de carinho e atenção como qualquer outra. Cheguei até a me identificar com ela em alguns momentos, apesar de achar algumas coisas absurdas demais. Mas foram estas coisas absurdas que deram a graça e a leveza ao livro, pois é impossível não se pegar rindo das situações embaraçosas que Dalilah se envolve, dos comentários ácidos que ela faz, ou não, e da maneira como ela se autonomeia uma mulher fácil.

E sim, a leveza também está ligada a narração, que é muito leve, sem palavras complicadas e muito bem humorada. Não tem como não gostar. As palavras parecem prender o leitor, sem deixar uma escapatória, e mesmo já imaginando o final que a história vai ter, você quer de todas as formas chegar logo ao final. Final este que apesar de me parecer um pouco surreal, foi muito bonito. Realmente encerrou o livro com a melhor conclusão possível.

Mas... Cadê o Colin?! Sim, senti falta dele. Muita. Esperava que ele fosse mais bem explorado, aparecesse mais vezes, enfim, tivesse se destacado. Mas não, achei que ele ficou meio ofuscado pelos outros personagens e isso tirou um pouco do brilho da história. Exceto a falta do Colin, o livro é ótimo para ler sem compromisso, um perfeito passatempo e garante boas risadas ao mesmo tempo que as trapalhadas de Dalilah te faz pensar um pouco sobre suas próprias atitudes. Mesmo sendo leve e divertido, ele ainda consegue passar uma mensagem bacana e com certeza merece ser lido.
- O que é tão engraçado? - pergunta Colin.
- A vida - eu respondo. - A vida é uma comédia. (Pág 306).

Autora: Karyn Bosnak.
Editora: Novo Conceito.
História: 4/5.
Narrativa: 5/5.