É uma vergonha sem tamanho, mas consegui terminar o primeiro livro de 2013 só ontem, então a resenha dele é esta! ( 2013 está começando muito bem pra mim:( )
Sonea foi ensinada que os Magos são egoístas e exibicionistas, portanto sempre os odiou, mas durante a Purficação (dia em que os Magos saem às ruas de Imardin para livrá-las de pedintes, mendigos e criminosos) a raiva de Sonea assume outras proporções.Depois de ter sido enxotada de casa com sua tia e tio e de ver como os Magos agiam diante da população mais pobre, seu ódio vai além e ela se junta com outros jovens rebeldes (entre eles Harrin e Cery, antigos amigos e companheiros de gangue) que estão atirando objetos em direção ao grupo de Magos, mesmo que esses objetos sejam repelidos pelo escudo mágico que os envolve. O que ela não imaginava era que a pedra que ela atirou desejando que a transpassasse o escudo iria ser realmente capaz de fazer isso e atingir em cheio a têmpora de um dos Magos.Depois de atirada a pedra, toda a vida de Sonea muda, pois sem ter noção alguma, ela usou magia (ou seja, ela também é um deles).Agora o Clã precisa encontrá-la, pois uma "selvagem" pode acabar perdendo o controle dos próprios poderes e ser um perigo tanto para si mesma quanto para a cidade. E Sonea usará de todos os recursos para se manter longe das garras daqueles que acredita serem indignos de deter tais poderes.Então começa a caçada envolvendo túneis subterrâneos, muros altos, desigualdade, preconceito, medo, poderes e traições.
Sinceramente, não sei o motivo de ter demorado tanto para ler este livro, mas só tive coragem de pegá-lo quando o segundo chegou aqui em casa e vi que o terceiro já será lançado, mas não me arrependo de ter "enrolado", pois agora vou poder ler todos os livros praticamente seguidos e isso vai ser o máximo! Já devem imaginar, mas eu realmente amei a história e a forma como ela foi desenvolvida, cheia de altos e baixos, ruas escuras, caçadas e buscas por esconderijos novos, o envolvimento de todos os personagens e a maneira que a autora soube explorar a personalidade de cada um, chegando ao ponto de você saber quem estava falando somente pelas palavras usadas em uma frase, sem ter necessidade da habitual explicação "Sonea disse" ou "Cery completou". Você consegue distinguir os personagens pela forma de se relacionar de cada um e isso me deixou encantada.
Os diversos "tipos" de personalidades também foram um fator determinante para me apaixonar pelo livro: Sonea é inteligente e arisca, Cery é determinado e engraçado, Rothen (o Mago que lidera as buscas) é paciente e sábio, Dannyl (Mago amigo de Rothen e meu personagem favorito) é ousado e divertido e todos os outros também tem suas peculiaridades.
O medo que Sonea tem de ser encontrada pelos Magos é compreensível, e não fiquei revoltada com ela por não aceitar logo que não era uma humana normal (como eu geralmente fico com outras personagens que passam por esta situação), pois ela tinha motivos de sobra para odiar esses seres e razões coerentes para tentar fugir deles, então torci fielmente por ela durante cada corrida pelos túneis subterrâneos ou telhados da favela. A empolgação pela trama também é causada pela narrativa intercalada, em alguns momentos do ponto de vista de Sonea, outros de Cery, Rothen e Dannyl, pois ao mesmo tempo que acompanhava Sonea em seus planos de fuga, sabia perfeitamente o que os Magos estavam planejando e queria desesperadamente contar para ela. ;p
O medo que Sonea tem de ser encontrada pelos Magos é compreensível, e não fiquei revoltada com ela por não aceitar logo que não era uma humana normal (como eu geralmente fico com outras personagens que passam por esta situação), pois ela tinha motivos de sobra para odiar esses seres e razões coerentes para tentar fugir deles, então torci fielmente por ela durante cada corrida pelos túneis subterrâneos ou telhados da favela. A empolgação pela trama também é causada pela narrativa intercalada, em alguns momentos do ponto de vista de Sonea, outros de Cery, Rothen e Dannyl, pois ao mesmo tempo que acompanhava Sonea em seus planos de fuga, sabia perfeitamente o que os Magos estavam planejando e queria desesperadamente contar para ela. ;p
Mas não pensem que o livro tem um ritmo alucinado, pois eu não o achei assim. Ele tem tudo na medida e tempo certo, sem ser cansativo e nem corrido, mas sim bem planejado, deixando as pontas soltas necessárias para as continuações. \o/ Minha única ressalva vem por em alguns momentos a narrativa trocar de ponto de vista sem nenhum aviso, o que me deixou meio perdida durante o começo, mas logo que eu peguei o ritmo isso deixou de ser importante e eu fui atraída de forma hipnótica para mais um mundo fantástico, o dos Magos!
Raiva, ódio e desespero, cismou. Que divertido que é ser mago. (Pág 140).
Título: O clã dos magos.
Autora: Trudi Canavan.
Editora: Novo Conceito.
História: 5/5.
Narrativa: 4/5.
