sábado, 25 de agosto de 2012

Especial dia (ou mês) do escritor (a): Samanta Holtz.

E para fechar com chave de ouro este "Especial dia (ou mês) do escritor (a), nada melhor do que um texto da linda da Samanta Holtz falando sobre a publicação de O Pássaro, né?
Vamos lá? Ela fez um texto lindo pra nós...

"É muito difícil dizermos que temos alguma certeza, nessa vida.
Vivemos de paixões passageiras. Momentos. Impulsos. Moda. Coisas que, em um instante, são
absolutamente indispensáveis, no outro, estão esquecidas e empoeiradas no fundo de um armário.
O mesmo acontece com nossos sonhos. Ah, se contarmos quantos sonhos deixamos brotar em nossos pensamentos... Ser isso! Conquistar aquilo! Tal carreira, tal pessoa, tal status...
Certa é a frase que diz que “a única certeza da vida é a morte”.

Para mim, no entanto, existe uma certeza quase tão forte quanto esta... apenas quase!"


"Desde pequena, tenho uma paixão inexplicável pelos livros. Talvez por causa da minha data de nascimento – justamente o Dia Mundial do Livro! Quando escrevo, não há regras ou metas. Simplesmente deixo a imaginação guiar o lápis em minha mão, ou o teclado sob meus dedos, e me transportar por um mundo novo, inventado por mim! Mas como eu sonhava poder dividir esse mundo com outras pessoas...
Na infância e adolescência, enchi vários cadernos com minhas palavras. Poesias, reflexões, pequenos contos... eram minha terapia, meu passatempo! Na escola, a mesma coisa; quando chegavam as apostilas novas, eu corria procurar grandes espaços em branco para encher de poemas.
Concluí meu primeiro romance aos 16 anos – uma história que, de início, seria apenas um conto, mas ganhou tanta forma que resultou em um romance de 300 páginas. Embora o livro não estivesse publicado, aqueles que o liam se surpreendiam com meu texto e começaram a me incentivar a publicar.
Eu, escritora? – era o pensamento que me acometia. Claro que era um sonho! Daqueles, no entanto, que a gente acha que é alto demais, impossível demais. Mas a torcida estava tão grande que eu resolvi buscar...
Enquanto tentava a publicação, continuei criando. Entre as obras que escrevi, estava “O Pássaro”... aquele que, anos após estar concluído, realizaria meu sonho de publicar um livro!
Foram muitas tentativas, e também muitos “nãos”. É o caminho da maioria dos novos autores. Sempre que alguém me pergunta como é ou pede dicas porque também pretende publicar, eu digo: “Jamais veja um ‘não’ como sinal de que sua obra é ruim”. Porque não é isso que quer dizer. Não é fácil esperarmos, com tanta ansiedade, por uma resposta positiva e ela não vir. Mas temos que ser fortes e confiar que, no momento certo, vamos alcançar o que almejamos! Enquanto isso, podemos sempre continuar melhorando...
Para mim, o “sim” não poderia ter vindo em melhor hora. Embora os “nãos” tivessem doído, hoje, eu vejo que tudo aconteceu na hora certa. Já fazia um tempão que eu nem tentava mais nada, quando resolvi contatar algumas editoras. Entre elas, estava a Novo Século, que, na primeira oportunidade, eu não havia recebido resposta. Enviei meu formulário e, algumas semanas depois, eles me pediram a obra para analisar.
Fiquei eufórica!! Mandei meu livro para eles e, após algum tempo, entraram em contato novamente... desta vez, para dizer que ela havia sido aprovada.
Não sei dizer o tamanho da alegria que foi receber essa resposta! Eu liguei correndo para minha irmã, que vibrou comigo ao telefone. Chegando em casa, espalhei a novidade. Passado o furor, estudei com calma a proposta da editora e, daí em diante, acho que a ficha só caiu quando eu finalmente vi meu livro pronto, impresso, em minhas mãos. Uma sensação única... a concretização de um sonho de tantos anos!
O que eu não sabia era que a publicação era apenas um pedacinho desse grande sonho. A melhor parte ainda estava por vir... receber o carinho dos fãs e leitores, ver olhos marejados de emoção, saber que sua história tocou e transformou vidas, mesmo que um pouquinho – mas o suficiente para que alguém também buscasse seus sonhos. Para mim, não há melhor sensação do que esta; saber que minhas palavras não foram escritas (nem lidas) em vão.
Como dizia minha falecida avó Irma: “palavras são sementes”. Espero, através das minhas, semear lindos sentimentos, emoções e inspirações nos corações das pessoas!

Essa é a minha certeza."


A Sammy não é uma linda? Fiquei encantada com as palavras dela... E claro, quero agradece-la por ter feito mais uma obra prima dessas...rsrsrs Obrigada de verdade!
E espero que vocês tenham gostado!