Oi pessoal, tudo bem?
Hoje, vai ter resenha, mas vai ser meio diferente, tá? Deixa eu explicar.
É assim: eu tenho um amigo, o David, que não é lá muito fã de ler. (Eu só presenciei ele lendo a coleção do Percy Jackson... Só.rsrsrs) E ele foi literalmente obrigado a ler (por causa da escola...) Madame Bovary, de Gustave Flaubert. (Eu ainda não li este livro.)
E, enquanto ele estava lendo, ele ficava me contando tudo o que estava acontecendo e falando que o livro era muito chato... Mas, quando acabou, adorou o livro e queria contar a história para todo mundo... (Só que ninguém estava muito afim de saber...) Então, falei que era para ele fazer uma resenha sobre o livro, que eu colocaria no meu blog, assim, ele poderia contar para várias pessoas de uma vez só... E vocês iriam saber mais uma opinião sobre outro livro... Mesmo que eu ainda não tenha lido. Ele concordou, então ai vai a resenha do David.
Confesso que comecei a ler este livro um tanto quanto obrigado, pois era para uma prova de escola, mas no desenvolver da historia fui percebendo o quanto a obra era rica.
Iniciado em 1851 e terminado somente 5 anos depois, o livro de Gustave Flaubert foi considerado a vanguarda do realismo e um dos melhores nesse estilo. Foi processado por ultraje a moral pública e religiosa na época por conter episódios de adultério e calunia à igreja.
Conta a história de Emma Bovary, charmosa mulher e segunda esposa de Charles Bovary que devido à sua educação repleta de literatura romântica sonha com uma vida de paixões e riquezas, porém seu marido é um oficial de saúde e para ela, não passa simplesmente de um homem covarde e comum. Logo no inicio do casamento Emma sente os efeitos de uma vida entediante, Charles querendo ajudar decide-se mudar para outra cidade, Yonville, e neste cenário de cidadezinha provinciana a Sra Bovary se perde em dois adultérios, se acumula em dívidas devido aos seus hábitos caros e mantém uma indiferença com seu esposo e filha, nascida logo depois da mudança.
No decorrer dessa série de péssimos comportamentos de Emma, eu fui ficando estressado e muito irritado com ela, simplesmente não conseguia parar de ler até vê-la sofrendo em uma de suas muitas crises de arrependimento. Uma parte revoltante é quando ela empurra sua filha que cai e machuca o rosto simplesmente por manter uma raiva inexplicável dela.
No final, o suicídio de Emma por saber que está falida é o grande momento da trama, lento e doloroso onde ela paga por todos seus atos. Charles descobre as traições e mesmo assim continua a amando e morre também pouco tempo depois sofrendo pela morte da esposa; Berthe (a filha do casal) é a que me deu mais pena, ela vai morar com a avó que morre no mesmo ano, então vai viver com uma tia trabalhando em uma fábrica de linho.
A história apresenta uma riqueza de detalhes que em alguns pontos torna-se entediante como nas descrições dos locais e das pessoas, porém vale muito a pena ler pois faz uma crítica à ganância, lúxuria e à estupidez humana.
Ass: David da Mata
Gente, vocês devem ter percebido que eu e o David escrevemos de formas diferentes, né? Mas realmente espero que vocês tenham gostado... (Eu gostei).
Título: Madame Bovary.
Autor: Gustave Flaubert.
Editora:
História: 4/5.
Narrativa: 4/5.