quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Nas telas #5: A 5ª onda.

Segunda-feira foi um dia diferente para mim. Participei de uma pré-estreia. Foi a primeira vez que aconteceu e minha intenção era correr aqui na hora que saí do cinema e já contar tudo o que achei do filme. Como era de se esperar, não consegui fazer isso. Mas hoje deu certo!


Com data de lançamento para dia 21 de Janeiro (hoje) e dirigido por J Blakeson, o filme A 5ª onda nos apresenta um mundo que foi totalmente devastado quando os alienígenas chegaram. Foram quatro ondas, cada uma mais forte do que a anterior, destruindo tudo e todos pelo caminho. Doença, escuridão e catástrofes cada vez maiores. Neste cenário está Cassie (Chloë Grace Moretz), uma adolescente que perde os pais e é separada do irmão mais novo. E durante a quinta onda ela não aceita a situação e decide lutar. Cassie quer ficar ao lado do irmão Sam e vai fazer de tudo para conseguir isso.



Apesar de gostar de filmes de ficção-científica, não é o meu gênero favorito e por isso acabo não assistindo muitos filmes do gênero, porém eis que este aqui foi uma agradável surpresa! Meu interesse nasceu por se tratar de uma adaptação, mas acabei indo assistir ao filme antes de terminar a leitura do livro (estou na metade!). Então já quero deixar bem claro que tudo o que estou escrevendo diz respeito à obra cinematográfica e somente a ela. Não estou levando em conta o que saiu do livro e foi para as telas (ou não) e sim o quanto, como um filme totalmente desligado de um livro me cativou.





Sou uma grande fã do trabalho da Chloë Moretz, atriz que interpreta Cassie neste filme. A considero uma atriz realmente expressiva, daquelas que consegue passar a imagem de quem sofre, chora, surta, se desespera ou sente vergonha. Sua atuação é incrível, sua postura diante das câmeras é maravilhosa e seus trabalhos são sempre admiráveis, então é claro que aqui ela deu um novo show de atuação e me conquistou novamente!





Para completar o elenco principal, existem Nick Robinson (Jurassic World - O mundo dos dinossauros) como Ben - o crush da Cassie -, Alex Roe como Even - alguém bem legal que aparece depois de um tempo -, Maria Bello como a Sargento Reznik e Zackary Arthur como Sam, o irmãozinho da protagonista. Não é um elenco de muito peso, concordo. E só quem conseguiu atuar tão bem quanto a Chloë foi o Alex Roe. Ambos pareceram sintonizados e conseguiam agir com naturalidade, enquanto os demais me pareceram travados. No entanto Maria Bello também parecia lidar bem com as câmeras, mas não teve muitas oportunidades de mostrar isso, pois sua personagem ficou um pouco de lado.




O longa é recheado de efeitos especiais bem legais, possui algumas cenas de ação eletrizantes, momentos fofos e outros cômicos. Se trata de um filme sobre alienígenas, mas mostra muitas situações tipicamente terrestres, sabe? Os personagens, mesmo diante de tanta catástrofe, possuem um ou outro resquício de como eram antes de tudo mudar. É legal ver o quanto eles lutam para manter essa faísca acesa, ou então decidem virar logo um balde de água nela e se entregarem aos alienígenas. Gostei deste contraste presente na história.




Outro detalhe importante é que eu achei o enredo basicamente o mesmo de tantos outros (inclusive do meu divo livro/filme A hospedeira). Claro que tem detalhes aqui e ali que mudam as coisas, mas no geral sua história é só mais uma entre tantas outras. Isso não faz com que o filme se torne dispensável, só me deixou um pouco desanimada por não ser mais inovador, sabe? Levando em conta seu trailer, esperava um pouco mais no quesito enredo e também na ação. Mais lutas e mais brigas. Acabou sendo algo bem genérico, infelizmente.




Só que o trailer não me preparou nadinha para o show de fotografia deste filme. Os cenários são bem diversificados, passando por escolas, prédios, alagamentos, inundações, ruas desertas, florestas, bases militares, centros de refugiados, entre outros. Em cada um deles, foi possível ver o quanto a equipe trabalhou para convencer de que aquilo era real. São muitos detalhes e não consegui localizar nenhum erro grotesco. Por exemplo: em determinado momento um dos personagens leva um tiro na perna. Nas cenas seguintes esse personagem aparece mancando, seu ferimento não foi esquecido.




O filme tem quase duas horas de duração, imagens lindas, uma ótima atriz como protagonista e um final que te deixa com gostinho de quero mais. Espero que a continuação também seja lançada e seja ainda melhor. Com exceção de um detalhe ou outro, gostei muito deste primeiro filme, dei risada, quase chorei, fiquei com medo pelos personagens e me envolvi, por isso acho que todos deviam assistir também, mas ainda acho que sua história podia ser um pouco mais elaborada. Quem sabe no próximo!



* As imagens usadas no post são do site Adoro Cinema.