sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Paraíso.

Antes de iniciar a resenha quero deixar um recadinho para uma leitora do blog, a Ana Paula: "Muito obrigada, muito obrigada mesmo"!.
Ah, e eu explico: Foi ela quem me indicou este livro. :p
Débora está tentando se afastar dos fantasmas do seu passado e, disposta a viver um recomeço, aceita o emprego de professora em uma escola da Vila Paraíso, mesmo que seja longe de sua casa e sua família.
Ansiosa pela oportunidade, Débora percebe-se frustrada apenas pouco tempo depois de ter chegado à fazenda onde irá lecionar e residir. Não pelo lugar, que parece ter saído dos filmes ou livros, ou por conta de Dona Carmem, a dona do lugar e sim por causa de Marcos, um de seus filhos.
Ao contrário dos irmãos Léo e Max (e também de Eva, a esposa de Max), o lindo Marcos (que mais parece o Hugh Jackman) não parece nada feliz com a chegada da nova professora e não se importa em esconder isso.
E nele Débora vê a possibilidade de todos os fantasmas retornarem com mais força ainda, então também tenta se manter longe, porém o destino parece pensar de forma diferente e, a cada dia, se manter afastado vai se mostrar uma guerra, assim como ficar junto também não será nada fácil...


Sabe quando você lê a sinopse de um livro e pensa "Já vi vários livros com histórias parecidas"? Pode ser que quando vocês terminaram de ler a sinopse de Paraíso tenham pensado isso e eu também pensaria, mas a verdade é que, nesses casos, o que conta mais é o modo com que a história é conduzida, quais caminhos ela irá percorrer e como ela será contada. E Paraíso, em todos esses aspectos (e em muitos outros), é uma perfeição. Tudo acontece de maneira tão cadenciada, com reviravoltas ocasionais (na medida certa sem atropelar a história ou deixar a monotonia reinar), momentos emocionantes, sentimentos à flor da pele e diálogos adoráveis, que é impossível não se deixar levar e querer ler tudo o mais rápido possível, praticamente devorando a história.

Os personagens de Paraíso são perfeitamente imperfeitos, extremamente humanos, carismáticos e palpáveis. Débora e Marcos possuem personalidades fortes, não se deixam vencer facilmente e por isso formam um casal daqueles que fazem meu coração dar piruetas. Os diálogos entre eles são repletos de segundas interpretações, constantemente usam questões do cotidiano para darem aquela "alfinetada" básica no um no outro e começam alguma discussão que sempre termina de forma arrasadora e, por terem sido magoados demais no passado, possuem receio de se magoar novamente no presente, mostrando como por detrás da pose de durões, no fundo, são frágeis. Os dois, separados, são ótimos, mas juntos eles se melhoram e conseguem derreter meu coração, sem contar que todas as mulheres do livro descrevem o Marcos como super parecido com o ator Hugh Jackman! <o>

Mas, protagonistas lindos, humanos e perfeitos à parte, pode começar a declarar meu amor à narrativa da Deyse? Pois é, a mulher escreve super bem! Com um vocabulário simples e ritmo cadenciado, vai nos envolvendo com sutileza e quando você percebe... O livro já acabou e você continua querendo mais. :P Aconteceu isso comigo. Li as 400 páginas sem notar e quando terminei fiquei de bico, querendo mais Débora, Marcos e Leo (eu falei do Leo por aqui? Ele é o irmão mais novo do Marcos, mas é AINDA MAIS perfeito que ele. Sou apaixonada pelo Leo. Gosto mais dele do que do protagonista.) em minha vida, querendo acompanhar a vida deles por mais tempo. Super injusto o livro ser tão curto! Com personagens tão marcantes e únicos, essa narrativa tão deliciosa e uma história tão apaixonante, o livro devia ter, no mínimo, mais umas 200 páginas!

E sabem o que é mais legal? É que mesmo achando que devia ter mais páginas, sei que na verdade não precisa, pois o final foi tão fofo-lindo-incrível-perfeito-e-quero-chorar-de-amor que se fosse acrescentado uma vírgula já iria perder um pouco da graça. Está lindo do jeitinho que está e não quero que mude, queria apenas que existisse alguma forma de continuar acompanhando Débora, Marcos e Léo por mais algum tempo, pois não estava pronta para me separar de todos eles. E é tão lindo quando isso acontece... Quando nos envolvemos tanto na história que ao terminar a leitura sofremos aquele "choque" ao perceber que acabou e você NÃO É um dos personagens, portanto está na hora de se separar (o que não acontece de verdade, porque sempre mantenho algum aspecto da história comigo)... E é por todos esses motivos (por sua narrativa maravilhosa e tocante, sua história doce e verdadeira, seus protagonistas teimosos e adoráveis e sua capacidade de me transportar para a Vila Paraíso) que eu recomendo DEMAIS a leitura da obra da Deyse. Todo mundo que é fã de romances devia ler, e para quem não é... Paraíso é uma ótima oportunidade para conhecer mais o gênero e se apaixonar por ele. :P
[...] buscamos nosso próprio Paraíso aqui na Terra. A felicidade plena e absoluta.
É uma ena que a maioria das pessoas nunca chegue a esse lugar. Eu, pelo menos, nem cheguei perto, No entanto, poso dizer que estive do outro lado. Onde ninguém quer estar. No lugar antagônico ao Paraíso. Você deve imaginar do que estou falando. Mas não pode saber como foi estar lá. Esse cstigo é reservado a alguns que, como eu, andaram pela estrada mais larga. É o preço do livre-arbítrio. (Prólogo).

Book Trailer:


Sobre a autora:


Deyse Ramos Nicoli é professora há dezessete anos, pós-graduada em história e educação infantil. Sempre foi apaixonada por livros, especialmente pelos romances. Escrever era um sonho que ficou guardado por longos anos e que só agora se tornou real. Paraíso é seu primeiro livro. Uma história que tem um pouco de seu próprio ser e de suas fantasias. Tem pouco tempo para escrever, pois, além do trabalho, compartilha sua vida com os três filhos e o marido. Apesar disso, sempre que tem um tempo livre, rabisca resumos de histórias que imagina, às vezes, no meio da noite.

Outras informações:
Compare o preço: Buscapé.
Título: Paraíso.
Editora: Novo Século.
História: 5/5.
Narrativa: 5/5.