sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Anjos à mesa.

Esses últimos dias foram uma loucura, só consegui tempo para sentar em frente ao computador agora, gente... :(

Mercy, Goodness e Shirley são anjinhas atrapalhadas, responsáveis por Will, um anjo aprendiz, e decidem levar o menino para ver o Ano Novo dos humanos, mas acabam deixando-o sozinho.
E ele, acreditando que meia-noite de Ano Novo é um momento perfeito para resolver o problema de dois jovens solitários que estão na multidão, e então, em um "acidente", Lucie e Aren se encontram...
Este pequeno encontro altera a ordem da vida dos dois, e, um ano depois, quando deviam estar se conhecendo, eles estão separados, o contexto está todo diferenciado e as coisas estão fora dos eixos, então Gabriel manda os quatro anjos de volta para a Terra para resolverem o caos que criaram na vida de Lucie e Aren, para que os dois possam, finalmente, viverem tudo que está reservado para eles.
Mas Mercy, Goodness, Shirley e Will ainda não aprenderam a não fazerem besteiras e se controlarem, então os problemas desses quatro anjos são ainda maiores...


Debbie Macomber, também autora de O amor mora ao lado, não está entre minhas autoras favoritas, mas certamente suas obras são bons exemplos de livros para passar o tempo, dar algumas risadas, esquecer os problemas por algumas horas e depois levantar pronta para leituras mais complexas e emocionantes. Gosto de livros assim, que me dão motivos para simplesmente sorrir, então não me decepcionei com a obra, mesmo encontrando alguns aspectos negativos nela.

Anjos à mesa não possui uma das melhores histórias que já li, sendo que neste quesito a autora até pecou um pouco, pois o enredo é fraco e excessivamente simples. Acredito que a autora poderia ter elaborado um pouco mais a história, dado mais consistência para todos os personagens e principalmente para o contexto que eles estão inseridos. Esta falta de propósito é um ponto negativo para a obra, mas não torna o livro desagradável.

O protagonismo da obra se divide entre os quatro anjos atrapalhados e os dois humanos sofredores, então acompanhamos tanto a vida no céu quanto a vida na Terra e conhecemos mais intimamente todos os personagens, mas não existe um aprofundamento psicológico em nenhum deles. Acho que este é um aspecto em que a autora decide não trabalhar em seus livros, pois já é o segundo que leio dela e sinto esta lacuna nos personagens. Não consigo entender ou me aproximar muito bem de nenhum deles, apesar de também não me sentir muito distante. A autora consegue me colocar em uma linha imaginária onde não me envolvo, mas também não enxergo tudo de tão longe. Ainda não me decidi se isso é bom ou ruim, mas estou tendendo a acreditar que não é muito bom, afinal gosto de me sentir no lugar dos personagens durante a leitura.

Esperava dar mais risada com os tais anjos que vivem arrumando confusão e não encontrei tantos motivos assim, mas esta foi uma leitura agradável, simples e rápida, pois a narrativa em terceira pessoa é acelerada e não muito descritiva, ao contrário da edição, que possui detalhes em todas as páginas. Ficou muito bonito! Em geral, gostei da obra e a recomendo para quem gosta de livros assim, sem muitas reflexões filosóficas, aprofundamento nos personagens e com enredos simples.

Gabriel abriu um largo sorriso e, em seguida, balançou a cabeça. A ele, só lhe restava recuar e observar os quatro se dirigirem para a Terra.
Que o céu ajudasse a todos.

Literalmente. (Pág 59).

Título: Anjos à mesa.
Editora: Novo Conceito.
História: 3/5.
Narrativa: 4/5.