Resenha do livro do Top Comentarista, hein?!
Ruby McQueen tem 16 anos, mora com sua irmã Ann e seu irmão Chip Jr. e faz parte da turminha dos Calados; ela é popularmente conhecida como a Garota Calada. Sempre muito tímida, não tem muitos amigos, faz de tudo para se tornar invisível e não chamar a atenção de ninguém.Até aquele verão.Junto com os novos ares da estação quente, aparece em sua vida também Travis Becker o riquinho maluco que é a representação de tudo aquilo que ela nunca viveu e, encantada com a possibilidade de um mundo novo, decide se arriscar e acompanhá-lo em suas aventuras.Sua mãe Ann, na tentativa de ocupar a mente da filha e mantê-la afastada de Travis, a leva para o grupo de leitura com idosos que participa e enquanto vão avançando em uma leitura, surge a ideia maluca de que a personagem do livro é Lillina, uma das integrantes do grupo...Tentando descobrir mais sobre o livro, o autor e Lillian, Ruby vai se apegando aquele grupo de idosos, aprendendo e repensando seu envolvimento com Travis...
Uma história simples, com alguns momentos tocantes, mas sem profundidade. Entendo o fascínio de Ruby por Travis, ele representava tudo o que ela não conhecia e ela estava cansada de ser sempre a Garota Calada. É compreensível. O que não é compreensível ou aceitável é a forma como os dois se conectam. Ela quase perde a própria identidade por conta dele enquanto tudo o que ele proporciona para ela são problemas, e existe a forma como ela se torna quase dependente dele ao mesmo tempo que não existe um envolvimento emocional. (?) Isso ficou confuso demais e não me agradou. Ai você pensa: "Mas o Travis é um cara legal, divertido..." Mentira, ele não é. Desde o primeiro momento ele se mostra um riquinho inconsequente. ;p Ponto para ele, por ser ao menos sincero, é claro. o/
Mas nem tudo é tão incompreensível assim. Existe a Ann, que tem sua própria história de superação dentro do livro e está sim é uma bela história! Tem o Chip Jr. que é uma graça; um menininho muito divertido. E o pessoal do grupo de leitura, que tem um modo diferenciado de ver a vida, de falar mal dos outros, de ser feliz com o que é possível e buscar o impossível também. Eles são a graça do livro. Outra parte boa é o fato de Ruby e Ann serem leitoras vorazes. As duas sempre conseguem encaixar a vida real na vida de leitora, transformando cada dia em um capítulo novo do livro da Vida, encaixando seus amigos como os personagens... Elas enxergam o mundo pelos livros, escrevem as próprias histórias e isso é muito bonito de ser acompanhado, ainda mais se a pessoa é uma leitora viciada também. *-*
Mas nem tudo é tão incompreensível assim. Existe a Ann, que tem sua própria história de superação dentro do livro e está sim é uma bela história! Tem o Chip Jr. que é uma graça; um menininho muito divertido. E o pessoal do grupo de leitura, que tem um modo diferenciado de ver a vida, de falar mal dos outros, de ser feliz com o que é possível e buscar o impossível também. Eles são a graça do livro. Outra parte boa é o fato de Ruby e Ann serem leitoras vorazes. As duas sempre conseguem encaixar a vida real na vida de leitora, transformando cada dia em um capítulo novo do livro da Vida, encaixando seus amigos como os personagens... Elas enxergam o mundo pelos livros, escrevem as próprias histórias e isso é muito bonito de ser acompanhado, ainda mais se a pessoa é uma leitora viciada também. *-*
Só que por ser uma leitora viciada, eu me decepcionei um pouco com a narrativa da Deb. Os traços dela ainda estão presentes (as descrições delicadas, os sentimentos expostos de forma simples, as analogias bem feitas), mas as coisas ficaram confusas. Em alguns momentos ela se prendia a descrever detalhes bobos enquanto outras coisas mais relevantes passavam batido, as mudanças de tempo e cenário não ficaram bem demarcadas e tive que reler alguns trechos para poder entender melhor.
No geral, acho que o livro não cumpriu muito bem o papel que estava destinado (a frase de capa: "Será que um verão pode mudar o que sabemos sobre o amor, a família, o destino e o próprio coração?" me fez pensar que o livro seria intenso, iria levantar assuntos delicados, reflexões e essas coisas e isso não foi tão destacado), mas se for para ser levado como uma leitura de fim de tarde (e ele tem o tamanho exato para isso) ele é uma boa leitura.
Eu não tinha medo de nada, porque era isso o que ele quera de mim. Talvez fosse melhor eu ser quem ele queria do que quem eu pensava que era. De qualquer modo, tudo o que sei é que fiz a minha parte, que era segurar a onda e segui-lo. Daquele dia em diante, as coisas se aceleraram demais. Travis Becker era um pouco louco. Mas os nossos corações batiam em uníssono, e era isso o que importava. (Pág 62).
Título: Meu amor, meu bem, meu querido.
Autora: Deb Caletti.
Editora: Novo Conceito.
História: 3/5.
Narrativa: 3/5.
